Ibovespa fecha no azul com fiscal nos holofotes

Segundo análise de Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, o Ibovespa subiu hoje com grande destaque para as ações da Azul, que sobem mais de 13% hoje, por conta do acordo com os credores, que além de afastar a empresa do Chapter 11, a recuperação judicial nos EUA, vai adicionar 500 milhões de dólares em caixa vindos de novos empréstimos com garantias prioritárias.

Esse respiro adicional e a melhora de perspectiva fez o Bradesco BBI reiterar sua posição de compra com preço-alvo em R$ 20,00. Vejo como uma notícia positiva, pois temos uma renegociação com injeção de mais recursos, ou ao que tudo indicava, a empresa continuaria respirando por aparelhos por conta do fluxo estrangulado. Agora a companhia vai ter tempo e recursos para arrumar a casa em prol da saúde financeira de longo prazo. No curto prazo o incêndio foi apagado, agora é trabalhar para a retomada da empresa ser de fato perene.

O cenário de muita turbulência que assola a empresa desde a pandemia parece estar trazendo um voo de cruzeiro, ainda que momentâneo, e bem avaliado pelo mercado no geral. Ações de Vale (VALE3) e grandes bancos avançam. Na ponta positiva temos também a Vale, estendendo a alta de sexta, apesar da queda do preço de minério de ferro na China, os resultados em linha com as expectativas de mercado, o novo CFO, Marcelo Bacci, o acordo definitivo para compensação dos danos referentes ao desastre de Mariana, fizeram o ativo subir quase 2%, o que ajuda na performance do Ibovespa no dia de hoje.

Na minha visão, os bancos acabam tendo um desempenho positivo com uma perspectiva favorável nos resultados segundo os analistas, como nos casos do Santander e do Bradesco, que devem ter uma melhora na carteira de crédito, menor inadimplência, e expansão na base de seguros no caso do Bradesco. Na ponta negativa temos Petrobrás e as demais petroleiras com uma queda marginal em função dos preços do petróleo terem mais de 5% de queda após ataque de Israel poupar instalações de petróleo do Irã, em um dos piores dias para o petróleo nos últimos 2 anos.

O destaque de maior queda do dia vai para Hypera, recuo de mais de 7%, que após uma semana volátil em meio a proposta de compra hostil por parte da EMS, que ganhou um novo capítulo com a possível compra de mais ações da companhia por parte do controlador, João Alvez de Queiroz Filho, o Junior, chegando a um total de 50% das ações, informação ainda não confirmada, o que tornaria as negociações de compra ainda mais difíceis.

O boletim Focus previu um estouro da meta de inflação de 4,50%, devendo fechar 2024 em 4,55%, o PIB teria um crescimento marginal de 3,08%, ao invés de 3,05%, e o dólar deve fechar o ano em R$ 5,45. Observo que as previsões do Focus fizeram os juros futuros caírem, e o dólar se manter estável no dia de hoje.

Confira aqui os dados de fechamento do Ibovespa e demais índices:

  • Ibovespa: 131.212,58 (+1,02%)
  • S&P 500: 5.823,64 (+0,27%)
  • Nasdaq: 18.567,19 (+0,26%)
  • Dow Jones: 42.388,68 (+0,65%)
  • Dólar: R$ 5,70 (+0,06%)
  • Euro: R$ 6,17 (+0,26%)

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