Trabalhadores da limpeza pública de Teresina realizam paralisação por falta de pagamento de insalubridade


A paralisação foi um “alerta” para a empresa e para os órgãos responsáveis, segundo o sindicato. Caso a situação não seja resolvida, há a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. Servidores de limpeza em Teresina
Sthefany Prado / g1
Na manhã desta segunda-feira (4), cerca de 1.800 trabalhadores da limpeza pública de Teresina paralisaram suas atividades, em uma mobilização que teve início às 5h30. Os profissionais, que atuam na capina, varrição e coleta de lixo domiciliar, reivindicam o pagamento do adicional de insalubridade.
Os trabalhadores destacam que o benefício representa um acréscimo de R$ 300 a R$ 350 no salário, sendo que a maioria recebe cerca de um salário mínimo, segundo o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep).
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A paralisação, que durou cerca de quatro horas, busca chamar a atenção da empresa Aurora Recicle, contratada emergencialmente para prestar serviços de limpeza urbana na capital desde agosto.
De acordo com Jonatas Miranda, presidente do sindicato dos trabalhadores, a empresa não realiza o pagamento da insalubridade para os profissionais desde o início do contrato.
“A nova empresa iniciou em agosto e, desde então, não pagou sequer um mês de insalubridade para esses trabalhadores que atuam na capina, varrição, área verde e limpeza de bueiros. A coleta de lixo domiciliar está sendo paga, mas essa outra categoria, para a qual temos laudos que comprovam ser uma atividade insalubre, pela primeira vez na história enfrenta uma empresa que se recusa a pagar a insalubridade desses colaboradores”, disse Jonatas.
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Ainda de acordo com o representante do sindicato, além do calor intenso e exposição ao sol que esses trabalhadores precisam enfrentar, a insalubridade está também na questão da exposição ao esgoto, contato com o lixo, contato com lama e animais mortos.
Coleta domiciliar
Jonatas Miranda relatou que a coleta de lixo domiciliar está operando com menos trabalhadores do que o ideal, sobrecarregando os coletores e gerando jornadas de trabalho excessivas. “Em vez de três coletores por rota, a empresa tem disponibilizado apenas dois. E aí, está tendo muito excesso de jornada e cobrança para poder dar conta do recolhimento do lixo na cidade”, explicou.
A paralisação de hoje foi um “alerta” para a empresa e para os órgãos responsáveis, segundo o sindicato.
Estagiária sob supervisão de Maria Romero.
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