Funcionários da Boeing aceitam proposta e encerram greve de 7 semanas com prejuízo bilionário

Funcionários da Boeing aceitam proposta e encerram greve de 7 semanas com prejuízo bilionário

Representantes do sindicato aceitaram proposta que garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos (Divulgação Boeing/IanDewarPhotography/Adobe Stock)

Após quase dois meses de greve e quatro propostas, a maioria dos 33 mil funcionários aceitaram a oferta da Boeing e estão prontos para voltar ao trabalho. As sete semanas de paralisação custaram mais de US$ 10 bilhões de dólares (US$ 57 bilhões) para o grupo e seus fornecedores.

“A greve termina e agora nossa tarefa é voltar ao trabalho e começar a fabricar aviões (…) e devolver esta empresa ao sucesso financeiro”, afirmou Jon Holden, diretor do sindicato.

Pelos próximos quatro anos, o novo acordo garante um aumento salarial de 38%, bem próximo dos 40% exigidos pelo sindicato, bônus de US$ 12 mil e dispositivos para aumentar as contribuições da empresa a um plano de aposentadoria, além de conter os custos da assistência médica. A proposta, porém, não restabelece o antigo plano de pensões da Boeing.

“Há muito trabalho a fazer para retornar à excelência que fez da Boeing uma empresa emblemática”, afirmou a CEO da fabricante de aviões, Kelly Ortberg. “Os últimos meses foram difíceis para todos nós, mas agora fazemos parte da mesma equipe”, disse.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou ambas as partes pelo avanço nas negociações e o fim da greve. “Ao longo dos últimos quatro anos, nós demonstramos que a negociação coletiva funciona. Os bons acordos beneficiam os trabalhadores, as empresas e os consumidores”, declarou Biden.

A expectativa é recuperar em breve os prejuízos causados e minimizar os impactos com o atraso na entrega de novas aeronaves para companhias aéreas.

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