PEC para reduzir jornada e acabar com escala 6×1 atrai apoio: veja os detalhes

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso) e reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas está gerando grande repercussão e já conta com o apoio de 134 parlamentares até a última segunda-feira (11). Criada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta busca mais assinaturas para alcançar o mínimo de 171 necessárias para começar a tramitar no Congresso Nacional.

A deputada Erika Hilton destacou que o modelo atual de trabalho é prejudicial ao desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores, afirmando que ele prioriza os interesses dos empregadores, precarizando a vida dos empregados. Hilton acredita que a redução da jornada pode oferecer aos trabalhadores mais tempo para educação e qualificação.

“Propomos uma mudança na jornada de trabalho que garanta mais oportunidades para os trabalhadores se desenvolverem e terem uma vida com mais dignidade”, declarou Hilton em entrevista ao UOL. Apesar de o texto ainda estar em fase de coleta de assinaturas, a parlamentar enfatizou que há espaço para discussões e ajustes ao longo da tramitação.

Tramitação e Desafios da PEC

Para ser aprovada, a PEC precisará passar por um processo rigoroso que inclui análise de constitucionalidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), criação de uma comissão especial e votação em dois turnos, tanto na Câmara dos Deputados (308 votos necessários) quanto no Senado (49 votos necessários).

A deputada reconheceu os desafios e a resistência que o projeto pode enfrentar. “Sabemos que a aprovação não será fácil. Existem forças que podem criar narrativas para tentar bloquear a proposta”, afirmou. O projeto já conta com 134 assinaturas. Para que comece a tramitar no Congresso Nacional, a PEC precisa de, no mínimo, 171 apoios. 

Veja a lista completa dos apoiadores até o momento:

  • Airton Faleiro (PT-PA)
  • Alencar Santana (PT-SP)
  • Alexandre Lindenmeyer (PT-RS)
  • Alfredinho (PT-SP)
  • Alice Portugal (PCdoB-BA)
  • Ana Paula Lima (PT-SC)
  • Ana Pimentel (PT-MG)
  • André Janones (Avante-MG)
  • Antônia Lúcia (Republicanos-AC)
  • Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)
  • Bacelar (PV-BA)
  • Benedita da Silva (PT-RJ)
  • Bohn Gass (PT-RS)
  • Bruno Farias (Avante-MG)
  • Camila Jara (PT-MS)
  • Carlos Henrique Gaguim (União-TO)
  • Carlos Veras (PT-PE)
  • Carlos Zarattini (PT-SP)
  • Carol Dartora (PT-PR)
  • Célia Xakriabá (PSOL-MG)
  • Célio Studart (PSD-CE)
  • Chico Alencar (PSOL-RJ)
  • Clodoaldo Magalhães (PV-PE)
  • Dagoberto Nogueira (PSDB-MS)
  • Daiana Santos (PCdoB-RS)
  • Dandara (PT-MG)
  • Daniel Almeida (PCdoB-BA)
  • Daniel Barbosa (PP-AL)
  • Daniela do Waguinho (União-RJ)
  • Delegada Adriana Accorsi (PT-GO)
  • Delegada Katarina (PSD-SE)
  • Denise Pessôa (PT-RS)
  • Dilvanda Faro (PT-PA)
  • Dimas Gadelha (PT-RJ)
  • Domingos Neto (PSD-CE)
  • Dorinaldo Malafaia (PDT-AP)
  • Douglas Viegas (União-SP)
  • Dr. Francisco (PT-PI)
  • Duarte Jr. (PSB-MA)
  • Duda Salabert (PDT-MG)
  • Elcione Barbalho (MDB-PA)
  • Elisangela Araujo (PT-BA)
  • Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT)
  • Erika Hilton (PSOL-SP)
  • Erika Kokay (PT-DF)
  • Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
  • Fernando Mineiro (PT-RN)
  • Fernando Rodolfo (PL-PE)
  • Flávio Nogueira (PT-PI)
  • Florentino Neto (PT-PI)
  • Geraldo Resende (PSDB-MS)
  • Glauber Braga (PSOL-RJ)
  • Gleisi Hoffmann (PT-PR)
  • Guilherme Boulos (PSOL-SP)
  • Helder Salomão (PT-ES)
  • Idilvan Alencar (PDT-CE)
  • Ivan Valente (PSOL-SP)
  • Ivoneide Caetano (PT-BA)
  • Jack Rocha (PT-ES)
  • Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
  • Jilmar Tatto (PT-SP)
  • João Daniel (PT-SE)
  • Jorge Solla (PT-BA)
  • José Airton Félix Cirilo (PT-CE)
  • José Guimarães (PT-CE)
  • Joseildo Ramos (PT-BA)
  • Josenildo (PDT-AP)
  • Josias Gomes (PT-BA)
  • Juliana Cardoso (PT-SP)
  • Keniston Braga (MDB-PA)
  • Kiko Celeguim (PT-SP)
  • Laura Carneiro (PSD-RJ)
  • Leonardo Monteiro (PT-MG)
  • Lídice da Mata (PSB-BA)
  • Lindbergh Farias (PT-RJ)
  • Luiz Couto (PT-PB)
  • Luiza Erundina (PSOL-SP)
  • Luizianne Lins (PT-CE)
  • Márcio Jerry (PCdoB-MA)
  • Marcon (PT-RS)
  • Marcos Tavares (PDT-RJ)
  • Maria Arraes (Solidariedade-PE)
  • Maria do Rosário (PT-RS)
  • Marx Beltrão (PP-AL)
  • Max Lemos (PDT-RJ)
  • Meire Serafim (União-AC)
  • Merlong Solano (PT-PI)
  • Miguel Ângelo (PT-MG)
  • Moses Rodrigues (União-CE)
  • Natália Bonavides (PT-RN)
  • Nilto Tatto (PT-SP)
  • Odair Cunha (PT-MG)
  • Orlando Silva (PCdoB-SP)
  • Padre João (PT-MG)
  • Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)
  • Pastor Sargento Isidório (Avante-BA)
  • Patrus Ananias (PT-MG)
  • Paulão (PT-AL)
  • Paulo Guedes (PT-MG)
  • Pedro Campos (PSB-PE)
  • Pedro Lucas Fernandes (União-MA)
  • Pedro Uczai (PT-SC)
  • Prof. Reginaldo Veras (PV-DF)
  • Professora Goreth (PDT-AP)
  • Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP)
  • Rafael Brito (MDB-AL)
  • Reginaldo Lopes (PT-MG)
  • Reginete Bispo (PT-RS)
  • Reimont (PT-RJ)
  • Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
  • Ricardo Ayres (Republicanos-TO)
  • Rogério Correia (PT-MG)
  • Rubens Otoni (PT-GO)
  • Rubens Pereira Júnior (PT-MA)
  • Rui Falcão (PT-SP)
  • Ruy Carneiro (Podemos-PB)
  • Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
  • Saullo Vianna (União-AM)
  • Socorro Neri (PP-AC)
  • Stefano Aguiar (PSD-MG)
  • Tabata Amaral (PSB-SP)
  • Tadeu Veneri (PT-PR)
  • Talíria Petrone (PSOL-RJ)
  • Tarcísio Motta (PSOL-RJ)
  • Thiago de Joaldo (PP-SE)
  • Túlio Gadêlha (Rede-PE)
  • Valmir Assunção (PT-BA)
  • Vander Loubet (PT-MS)
  • Vicentinho (PT-SP)
  • Waldenor Pereira (PT-BA)
  • Washington Quaquá (PT-RJ)
  • Welter (PT-PR)
  • Yandra Moura (União-SE)
  • Zeca Dirceu (PT-PR)

Posição do Ministério do Trabalho

Em nota oficial, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) comentou que o tema deve ser discutido através de convenções coletivas. “O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenções e acordos coletivos entre empresas e empregados”, diz a nota. Entretanto, a pasta também afirmou que a redução da jornada de 40 horas semanais é vista como possível e saudável, desde que haja consenso entre as partes envolvidas. O Ministério reforçou que a discussão precisa envolver todos os setores, especialmente aqueles que operam de forma contínua e ininterrupta.

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