Caixa Econômica Federal limita financiamento imobiliário, Saiba Por quê!

A Caixa Econômica Federal tem enfrentado desafios significativos no financiamento imobiliário no Brasil, principalmente devido à alta demanda e aos limites dos recursos provenientes da poupança. Atualmente, o banco possui R$ 20 bilhões em contratos pré-aprovados para financiamento da casa própria, mas apenas R$ 3 bilhões estão realmente disponíveis para distribuição. Este cenário fez com que a instituição adotasse medidas para prorrogar contratos pré-aprovados até fevereiro e março de 2025, como forma de proteger os interessados em financiar imóveis com taxas competitivas.

Nos últimos meses, clientes têm relatado atrasos na concretização de contratos, motivados por taxas de juros de 12% dos recursos da poupança, que já atingiram a meta de R$ 70 bilhões para 2024. Entre as mudanças recentes, a Caixa Econômica Federal estabeleceu novos limites de financiamento e aumentou o valor de entrada exigido para compra de imóveis, medidas que afetam diretamente os consumidores.

Quais são os novos limites de financiamento estabelecidos pela Caixa?

Em resposta à crescente escassez de recursos, a Caixa Econômica Federal modificou os limites de financiamento. A partir de novembro de 2023, os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) só podem ser utilizados para financiar imóveis que não ultrapassem o valor de R$ 1,5 milhão. Além disso, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), o banco passou a financiar até 70% do valor do imóvel, uma redução em comparação aos 80% permitidos anteriormente. Já utilizando o sistema Price, o financiamento caiu de 70% para 50% do valor total.

Tais mudanças visam controlar o ritmo de concessão de crédito e assegurar que a Caixa se mantenha dentro dos limites financeiros impostos pelo atual cenário econômico. Consequentemente, espera-se que os consumidores busquem mais informações antes de se comprometerem com financiamentos imobiliários.

Quais as alternativas de captação de recursos adotadas pela Caixa?

Para enfrentar as limitações de funding e garantir a continuidade do financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal está explorando diversas alternativas. Uma das propostas inclui a redução do depósito compulsório, parte dos recursos que os bancos recolhem no Banco Central. A instituição acredita que uma redução de 5% não impactaria negativamente a inflação e teria efeito imediato na disponibilidade de recursos.

Além do depósito compulsório, a Caixa Econômica Federal considera a criação de papéis incentivados que possam atrair investidores institucionais, como fundos de pensão, para o financiamento imobiliário. Apesar dos desafios, a vice-presidente de Habitação, Inês da Silva Magalhães, enfatiza que tanto o SBPE quanto o FGTS são fontes cruciais, mas estão mostrando sinais de esgotamento, tornando necessário explorar novas formas de captação.

Impacto financeiro da Caixa Econômica Federal em números

Financiamento imobiliário – Créditos: depositphotos.com / aut.kawila.gmail.com

No terceiro trimestre de 2024, a Caixa Econômica Federal reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,3 bilhões, representando um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior. Nos primeiros nove meses do ano, esse valor chegou a R$ 9,4 bilhões, um crescimento significativo de 21,6% comparado ao mesmo período de 2023. A carteira de crédito da instituição atingiu R$ 1,209 trilhão, crescendo, 10,8% em relação a setembro de 2023.

O destaque fica por conta do segmento imobiliário, que viu um aumento de 14,7% na comparação anual. Esses números evidenciam a robustez do setor dentro da estrutura de crédito da Caixa, que representa 67,2% do total, com a maior parte dos recursos oriundos do FGTS e SBPE.

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