Ocupação de escola: alunos alegam uso de spray de pimenta por PM de SP

São Paulo — Estudantes alegam que a Polícia Militar reprimiu com uso de spray de pimenta uma ocupação de alunos da Escola Estadual Antônio Ablas Filho Dr., em Santos, no litoral de São Paulo. O protesto estudantil foi no início da manhã desta terça-feira (19/11) e pedia a revogação do Novo Ensino Médio, entre outras pautas.

Segundo os alunos, os policiais usaram spray de pimenta contra professores e funcionários enquanto eles estavam dentro da escola. “Estamos fazendo uma ocupação pacífica”, cita a página da ocupação em uma rede social.

Ao Metrópoles, estudantes que não serão identificados por serem menores de idade afirmaram que os PMs ainda xingaram os alunos de “maconheiros”, “desgraçados”, entre outros termos pejorativos, além de terem forçado professores, funcionários e outros alunos que apoiavam a ocupação a ir embora.

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Estudantes alegam que PM usou spray de pimenta contra eles

A manifestação é contra o Novo Ensino Médio
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Alunos ocupam escola estadual na Baixada Santista

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Estudantes alegam que PM usou spray de pimenta contra eles

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A manifestação é contra o Novo Ensino Médio

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O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) informou ao Metrópoles que não houve acionamento da PM ao endereço da escola. Em um vídeo publicado pela Frente Independente de Luta contra o NEM (Novo Ensino Médio), no entanto, é possível ver vários agentes dentro da escola em um momento de aparente confusão, tentando isolar a unidade de ensino.

No vídeo, é ainda possível ver uma aluna sentada no chão com o rosto vermelho falando aos gritos com um policial, afirmando que está passando mal. Ao mesmo tempo, uma líder estudantil, que grava o ocorrido, questiona os policiais sobre o uso do spray de pimenta.

Assista:

Os objetivos da ocupação, de acordo com o movimento, são: a revogação imediata do Novo Ensino Médio; o combate à militarização e à plataformização do ensino; impedir o leilão e a privatização de escolas; derrubar a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 9/2023, do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pode retirar até R$ 11,3 bilhões da educação paulista. No último dia 13/11, a PEC foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em primeiro turno.

Além disso, os estudantes reivindicam melhorias para a escola, como a instalação de equipamentos de ar condicionado que já foram adquiridos, a reforma da quadra poliesportiva e a contratação de, no mínimo, dois inspetores para o quadro efetivo da escola.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada sobre a ação da PM, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.

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