Curva de juros dispara e Selic pode chegar até 15%; mercado reage a cenário fiscal

A curva de juros brasileira continua em trajetória ascendente, com projeções de que a taxa Selic possa atingir entre 14,5% e 15% ao final do ciclo de alta. Segundo Marco Prado, apresentador do Pre-Market, esse movimento reflete o cenário de incertezas fiscais e o impacto de uma política econômica que ainda não conseguiu inspirar confiança nos investidores.

O impacto global dos juros e o reflexo no Brasil

Prado destacou que os juros são o motor que move o dinheiro no mundo, influenciando diretamente investimentos e consumo. “A inclinação da curva de juros em quase 2% demonstra um mercado preocupado com a falta de previsibilidade fiscal e a pressão inflacionária crescente”, comentou.

Com o mercado revisando suas expectativas, a sinalização de uma Selic próxima a 15% reforça o desafio de equilibrar o controle da inflação com a necessidade de estimular o crescimento econômico.

Cenário fiscal como principal ponto de pressão

O apresentador do Pre-Market apontou que o cenário fiscal fragilizado é o principal fator por trás da inclinação da curva. “A revisão de metas do arcabouço fiscal e a percepção de gastos elevados pelo governo aumentam o prêmio de risco exigido pelo mercado”, afirmou Prado. Ele também observou que as incertezas em torno da política econômica têm afetado os preços de ativos e ampliado a volatilidade cambial.

Efeitos na economia e no consumo

Uma Selic em 15% traria consequências significativas para a economia brasileira. O custo do crédito se elevaria, impactando negativamente o consumo e o investimento. Por outro lado, a atratividade dos juros altos para capitais estrangeiros poderia gerar um alívio temporário no câmbio.

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