Ibovespa Futuro recua com atenção a fala de Galípolo e dados dos EUA

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

O Ibovespa Futuro operava em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (2), com atenção a incertezas políticas na Europa e para declarações do futuro presidente do Banco Central, enquanto aguardam novos dados decisivos para a trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos.

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, que assume o comando da autarquia no ano que vem, participa como palestrante a partir das 10h do evento Fórum Político da XP Investimentos, em São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Nilton David, chefe de operações de tesouraria do banco Bradesco, para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, no lugar de Galípolo.

As projeções dos analistas para taxa Selic em 2025 subiram novamente, em meio a uma expectativa também mais alta para o avanço do IPCA e do dólar no próximo ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Relatório Focus do Banco Central. A mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,63%, de 12,25% na semana anterior.

Às 9h07 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro caía 0,21%, aos 125.790 pontos.

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Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,06%, S&P500 caía 0,14% e Nasdaq Futuro recuava 0,13%, com várias autoridades do Fed previstas para falar esta semana, inclusive o chair Jerome Powell na quarta-feira.

O Federal Reserve também está no foco e o relatório de emprego nos EUA que será divulgado na sexta-feira pode ser o fator decisivo quando as autoridades se reunirem em 18 de dezembro para decidir a política monetária.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,40%, cotado a R$ 6,023 na compra e R$ 6,024 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,75%, a 6.046 pontos. A moeda americana avançava depois que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou os Brics contra tentar substituir o dólar com qualquer outra moeda.

Em resposta à amerça de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda (2) que qualquer tentativa dos EUA de obrigar os países a usar o dólar será um tiro pela culatra.

No exterior, a ameaça da extrema-direta da França de ruir o governo mantinha os mercados europeus sob pressão.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, com sinais de estabilização econômica na China. A atividade manufatureira na segunda maior economia do mundo cresceu pelo segundo mês consecutivo em novembro, de acordo com uma pesquisa privada nesta segunda-feira.

As vendas no varejo da Austrália, por sua vez, aumentaram 3,4% em outubro, o maior aumento anual desde maio de 2023.

Os preços do petróleo sobem impulsionados pelo otimismo em relação à atividade industrial na China e pela retomada dos ataques de Israel ao Líbano, mesmo após o acordo de cessar-fogo, intensificando as tensões no Oriente Médio.

Já as cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, apoiados por dados industriais otimistas no principal mercado consumidor da China, mas sinais de demanda fraca limitaram os ganhos.

O minério de ferro de referência SZZFF5 para janeiro na Bolsa de Cingapura subiu 0,41%, para US$ 104,45 a tonelada.

(com Reuters)

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