O que é câncer colorretal, que fez astro de Dawson’s Creek vender camisetas para pagar terapia

O astro James Van der Beek, famoso pelo papel do protagonista Dawson Leery na série “Dawson’s Creek”, foi diagnosticado com câncer colorretal. Na última semana, ele anunciou que passará a vender camisetas autografadas para custear o tratamento médico.

James Van der Beek estrelou a série amerciana Dawson’s Creek de 1998 a 2003 – Foto: Reprodução/Instagram

O diagnóstico foi divulgado pela revista People em novembro e pegou familiares e amigos de surpresa, já que o ator estadunidense ainda não tinha contado para todos.

“Eu tinha planejado falar sobre isso com profundidade com a revista People em algum momento em breve… para sensibilizar e contar a minha história nos meus próprios termos. Mas esse plano teve de ser alterado esta manhã cedo quando fui informado de que o tabloide ia proceder com as notícias”, se pronunciou na ocasião.

O ator é pai de seis filhos com a esposa Kimberly – Foto: Reprodução/Instagram

James Van der Beek estava lidando com o diagnóstico de forma privada até então. Agora, ele usa as redes sociais para conscientizar a população sobre o câncer colorretal.

O galã de Dawson’s Creek anunciou que todo o lucro da venda de camisetas será destinado às pessoas afetadas pela doença. “100% das receitas líquidas vão para famílias que se recuperam do fardo financeiro do câncer (inclusive a minha própria)”, explicou nas redes sociais.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por James Van Der Beek (@vanderjames)

As camisetas à venda fazem referência ao filme “Varsity Blues”, ou “Marcação Cerrada” no Brasil, que o ator estrelou em 1999. James Van Der Beek interpreta um quarterback reserva escolhido para o desafio de liderar um time de futebol americano no Texas.

O que é câncer colorretal? Descubra os sintomas da doença

O câncer colorretal é curável na maioria dos casos, se diagnosticado de maneira precoce – Foto: Reprodução/SBCO

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto, atinge o intestino do paciente. O tumor surge na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto, que é o final do intestino, logo antes do ânus.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença é tratável e pode ser curada na maioria dos casos, desde que seja detectada de forma precoce, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.

O pólipo colorretal é uma lesão que aparece no intestino devido ao crescimento anormal de tecido na mucosa da região. As lesões costumam ser benignas, mas podem evoluir para um câncer.

Endoscopia e exames de fezes ajudam a detectar o tumor no intestino – Foto: Divulgação/Pixabay

É importante, portanto, ficar de olho nos pólipos e retirá-los para evitar o câncer colorretal. Esse acompanhamento pode ser feito por meio de colonoscopia e retossigmoidoscopias, exames de imagem que permitem visualizar o cólon e o reto.

Além disso, os tumores podem ser detectados por meio de exame de fezes. Isso porque um dos sintomas mais frequentes da doença é a presença de sangue nas fezes e a alteração na sua forma.

Confira os principais sintomas do câncer colorretal, segundo o Ministério da Saúde:

• Sangue nas fezes
• Fezes muito finas ou compridas
• Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados)
• Dor ou desconforto abdominal
• Fraqueza e anemia
• Perda de peso sem causa aparente
• Massa (tumoração) abdominal

Quais são as principais causas? Saiba como prevenir o câncer colorretal

Dor abdominal e sangue nas fezes são alguns dos sintomas do câncer colorretal – Foto: Freepik/ND

O INCA (Instituto Nacional de Câncer) aponta que o câncer colorretal está associado aos hábitos de vida, como tabagismo, alimentação inadequada e falta de atividade física.

O consumo de carnes processadas e ultraprocessadas, como salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame, aumentam o risco.

A ingestão a carne vermelha acima do limite de 3oo gramas de carne cozida por semana também é um sinal de alerta, de acordo com o Hospital Albert Einstein, assim como a defumação desses alimentos.

O câncer colorretal se manifesta por pólipos ou lesões no intestino, que deve ser retirados antes que se tornem malignos – Foto: Reprodução/Internet

Isso porque as substâncias presentes na fumaça do processo de defumação e os conservantes adicionados, como os nitritos e nitratos, podem provocar o surgimento do câncer colorretal.

Uma maneira de prevenir a doença é consumir alimentos in natura, tais como frutas, legumes e verduras. O grupo tem efeitos anticancerígenos e ajudam a evitar o início e o progresso do tumor, segundo o Ministério da Saúde. Uma alimentação rica em fibras, cereais e grãos integrais, também contribui para a prevenção.

Carnes processadas e defumadas aumentam o risco de câncer – Foto: Infocuspix/ND

O excesso de gordura corporal leva a um estado de inflamação crônica e pode colaborar para a formação do câncer colorretal. É preciso manter um IMC (Índice de Massa Corporal) entre 18.5 e 24.9 Kg/m² para se prevenir.

Nesse sentido, é recomendado um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada por semana. O exercício ajuda a reduzir os marcadores inflamatórios e o tempo de trânsito gastrointestinal, além de promover o equilíbrio nos níveis de hormônios e melhorar a imunidade.

Outro fator de risco para o câncer colorretal é o consumo de álcool e cigarro. Segundo o Ministério da Saúde, a ingestão superior a cerca de duas doses de bebida alcóolica por dia representa um perigo.

Como é feito o tratamento?

Preta Gil foi submetida a uma cirurgia para remover o tumor do intestino este ano – Foto: Divulgacão/Observatório dos Famosos/ND

A cantora brasileira Preta Gil, de 50 anos, precisou fazer uma cirurgia de amputação do reto durante o tratamento contra o câncer colorretal. Ela foi diagnosticada em 2023 e em agosto descobriu a recidiva do câncer em quatro novos pontos.

Segundo o Hospital Albert Einstein, a cirurgia é o tratamento inicial. Os médicos retiram a parte do intestino afetada e nódulos linfáticos próximos à região.

A possibilidade de volta do câncer colorretal é reduzida pela radioterapia, que pode ser associada ou não à quimioterapia. O tratamento depende do tamanho, localização e extensão do tumor.

As chances de cura são menores quando a doença já se espalhou, com metástases para o fígado, pulmão e outros órgãos. Por isso a importância de se atentar aos sintomas, realizar endoscopias com acompanhamento médico e garantir o diagnóstico precoce do câncer colorretal.