Compulsão alimentar em pets: veja os sinais, causas e como tratar

Alguma vez você já notou seu pet ingerindo descontroladamente um alimento? Ganho de peso excessivo, inquietude nas ocasiões nas quais ele não tem acesso à comida e agressividade para proteger a ração são alguns sinais da compulsão alimentar.

De acordo com a veterinária Caroline Fanceli, especialista em endoscopia e nutrição animal, a condição é um comportamento caracterizado por episódios de ingestão excessiva e rápida de alimentos, muitas vezes sem sinais de saciedade.

Os sintomas da compulsão alimentar nos animais de estimação costumam se apresentar de forma física e comportamental. Fanceli explica que o ganho de peso e a obesidade não são os únicos sinais de que o pet pode estar desenvolvendo o distúrbio. A letargia ou cansaço extremo fazem parte do quadro sintomático, além de vômitos frequentes, diarreias ou constipação.

As mudanças comportamentais incluem a procura constante por comida, caracterizada por roubo de alimentos, rasgo de embalagens, ou mesmo a ingestão de coisas que não são comestíveis.

Segundo a veterinária especialista em nutrição Carolina Sant’Anna, o distúrbio pode ser causado por estresse do ambiente e pela falta de estimulação mental e física, gerando ansiedade e condições emocionais. “O tédio de não fazer nada pode gerar estresse e, com isso, a compulsão alimentar”, descreve.

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A procura constante por comida é um dos sinais

Ceder sempre que o animal pede por alimento não é o indicado
O estômago fica visivelmente dilatado após as refeições
O enriquecimento ambiental pode ser uma solução
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A compulsão alimentar pode levar à obesidade

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A procura constante por comida é um dos sinais

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Ceder sempre que o animal pede por alimento não é o indicado

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O estômago fica visivelmente dilatado após as refeições

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O enriquecimento ambiental pode ser uma solução

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A falta de estímulos e o excesso de tempo sozinhos fazem parte dos fatores comportamentais que podem engatilhar o distúrbio. Na tentativa de aliviar o estresse, o pet come excessivamente. Fanceli sugere aos tutores proporcionar maior enriquecimento ambiental aos animais de estimação, com brinquedos interativos, além de levá-los a passeios diários.

Caso o animal de estimação conviva com outros pets, a competição entre esses animais na mesma casa pode levar ao consumo rápido e excessivo. “Uma forma de evitar é alimentar os pets separadamente, evitando rivalidades”, indica Fanceli.

Uma rotina alimentar consistente também pode fazer a diferença. Fanceli indica estabelecer horários fixos para refeição, sem ceder aos pedidos excessivos do pet. “Ter o alimento sempre disponível pode acabar estimulando a compulsão”, afirma.

Entretanto, além de fatores do ambiente e comportamentais, outras possíveis causas da compulsão alimentar podem incluir doenças ou desequilíbrios hormonais. Condições como hipotireoidismo e diabetes são outros fatores a se atentar, pois podem levar ao aumento do apetite.

Caso as práticas sugeridas não gerem resultados ou os sintomas citados se intensifiquem, o ideal é procurar ajuda de um veterinário, a fim de identificar a real causa do apetite exacerbado e iniciar o tratamento adequado ao animal de estimação.

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