Vereador de Guaçuí denuncia suposta compra irregular de material didático

Durante a primeira sessão da Câmara de Vereadores de Guaçuí, no Caparaó, realizada na noite da última segunda-feira (3), o vereador Edielson de Souza Rodrigues (PP) utilizou a Tribuna da Casa para fazer uma grave denúncia relacionada à gestão do ex-prefeito Marcos Jauhar (Podemos).

Compra suspeita

Durante quase 15 minutos, o parlamentar expôs abertamente sua preocupação com relação a uma volumosa compra de material didático que teve o processo aberto para aquisição no dia 20 de dezembro de 2024, e pagamento realizado no apagar das luzes do mesmo ano, em 30 de dezembro, último dia da gestão do prefeito Jauhar.

Segundo relatado pelo vereador, que também é servidor público de carreira, o material não foi encontrado no Almoxarifado pertinente. “As minhas falas refletem a preocupação com materiais didáticos comprados no dia 20/12/2024 e pagos no dia 30/12/2024, último dia do governo anterior. Para minha surpresa, chegando no almoxarifado do município e da Educação, não foi possível localizar os materiais”, disse.

Valores que chegam a “R$ 475 mil” (quatrocentos e setenta e cinco mil)

Durante suas falas, Edielson Rodrigues ressaltou que foi identificado a compra de mais de 30 mil apontadores de lápis; 46.200 canetas hidricor; 22.595 cartolinas; 20.421 folhas de EVA; 3.400 vidros de cola branca; 12 mil litros de cola clitter; 1.800 apagadores; 48 mil borrachas brancas; 2.300 colas bastão; 1.350 giz de cera entre outros materiais, que chegam ao valor de “R$ 475 mil” (quatrocentos e setenta e cinco mil).

“E seriam muitos materiais, afinal são “R$ 475 mil” investidos e que, segundo os próprios funcionários do Almoxarifado, não passaram os materiais pelo setor que me espantou pela quantidade e fragilidade”, destacou o vereador.

Averiguação do processo

Edielson Rodrigues ponderou que estaria pedindo informações à secretária de Educação anterior, para saber qual foi o destino dos referidos materiais. “Estou pedindo informações à Secretaria de Educação, de onde foi batido e qual destino desses materiais e vou encaminhar o processo para averiguação aos órgãos competentes”, destacou.

Durante suas falas, o vereador destacou que no Almoxarifado também foram encontradas dezenas de pastas e vidros de cola vencidos.

Empresa supostamente ligada a um deputado federal

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a aquisição dos materiais didáticos teria sido realizada por meio de Adesão de ATA, de uma empresa que, no ano de 2024, teria recebido da gestão anterior mais de “R$ 4 milhões” (quatro milhões), e supostamente seria ligada a um deputado federal de influência na região do Caparaó capixaba.

O que diz o ex-prefeito?

A reportagem entrou em contato com o ex-prefeito de Guaçuí, Marcos Jauhar, porém, até a publicação desta matéria não obtivemos retorno. O espaço segue aberto.

Veja o vídeo:

Imagens: Reprodução | Redes Sociais

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