Jovem com a maior dor do mundo perde parte dos movimentos e é diagnosticada com outra doença; confira qual

Carolina Arruda, a jovem que ficou conhecida no País por sofrer com uma doença que causa uma das maiores dores do mundo, recebeu um novo diagnóstico no final da semana passada.

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Carolina Arruda foi diagnosticada com outra doença após perder parte dos movimentos | abc+



Carolina Arruda foi diagnosticada com outra doença após perder parte dos movimentos

Foto: Redes Sociais/Reprodução

Nas redes sociais, a influenciadora explicou que há anos sente dores nas articulações e, ao longo do tempo, foi perdendo o movimento das pernas. Há pelo menos um mês, a jovem usa uma cadeira de rodas para se locomover por conta disso. Além do recém diagnostico, ela explicou em um vídeo que possui uma doença degenerativa no quadril, e que isso não tem nada a ver com a neuralgia do trigêmeo, que afeta outras partes do corpo.

Após muito tempo sem entender o que tinha, Carolina foi diagnosticada com espondelortelite axial (EpA). “Essa doença responde a todas as dores no corpo e nas articulações que eu sinto. E também à limitação dos meus movimentos”, afirmou em um vídeo postado no TikTok. Ela disse ainda que os desmaios também são, em parte, causados por ela.

A doença é autoimune e não possui cura, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Ela afeta principalmente o esqueleto axial, que corresponde à cabeça, caixa torácica e coluna vertebral. 

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O que é a espondelortelite axial

Também chamada de espondilite anquilosante (EA), a espondelortelite axial (EpA) é uma doença autoimune e possui como característica a inflamação da coluna vertebral, conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Ela afeta principalmente o esqueleto axial, que corresponde à cabeça, caixa torácica e coluna vertebral. 

Além disso, a EpA pode ser acompanhada de outras doenças, como:

  • As artrites de extremidades: inflamações nas articulações;
  • Dactilite: inflamação nos dedos;
  • Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa: doenças inflamatórias intestinais;
  • Uveíte: inflamção nos olhos;
  • Psoríase: doença autoimune crônica de pele.

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Quais são os sintomas da espondelortelite axial

Um dos primeiros sintomas é a dor nas costas e nos glúteos, chamada de lombalgia baixa, ao acordar, de acordo com o reumatologista Marco Antonio Araújo da Rocha Loures. O especialista afirmou à SBR que, ao contrário de dores musculares e vertebrais causadas por traumas e desgastes, ela não piora com exercícios. Na verdade, ela tende a melhorar.

Além disso, existem outros sinais:

  • Sintomas intestinais, como: alterações de ritmo, sensação de estufamento, dores abdominais;
  • Sinais na pele;
  • Alterações nos olhos, como eles ficarem vermelhos;
  • Queixas parecidas com tendinite nos calcanhares, ombros e quadril.

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Como a doença é tratada

O tratamento da espondelortelite axial é diferente para cada um, dependendo das características e/ou presença de comorbidades, como as descritas acima. “O objetivo é melhorar dor, rigidez, fadiga, mobilidade e flexibilidade, além de prevenir dano estrutural à coluna vertebral e preservar usa função”, explicou o reumatologista. Desta forma, o profissional da saúde deve prescrever tanto medicamentos quanto atividades físicas.

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E as cirurgias para diminuir dor causada pela neuralgia do trigêmeo?

No ano passado, Carolina passou por algumas cirurgias e tratamentos para tentar melhorar a qualidade de vida, diminuindo as dores terríveis que tinha por conta da neuralgia do trigêmeo. Embora tenham ajudado no começo, após algum tempo, elas continuaram.

Nas redes sociais, ela explicou que, apesar de sentir mais dor, isso não tem nada a ver com as cirurgias. “Na verdade, a cirurgia melhorou cerca de 25% da minha dor, mas isso logo no início”, disse. “Agora, já voltou a mesma coisa de antes.”

A jovem ainda pontuou que a tendência é que as crises fiquem cada vez mais intensas com o passar do tempo.

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A jovem com a maior dor do mundo desistiu da eutanásia?

“Enquanto eu viver, vou fazer de tudo para estar presente na vida da minha família e do meu marido”, disse Carolina Arruda em um dos vídeos, quando questionada sobre a eutanásia. A jovem ficou famosa ao iniciar uma vaquinha, onde pediu dinheiro para poder ter acesso à prática, que só é possível fora do Brasil.

Entretanto, o caso dela ganhou tanta repercussão que ela recebeu acesso a tratamentos e cirurgias de graça, para tentar fazer com as dores que ela sentia diminuíssem. Quando as intervenções funcionaram, mesmo que em parte, Carolina começou a deixar a opção de lado.

Porém, em um vídeo recente, ela explicou estar reconsiderando. “Mesmo depois de seis cirurgias, inúmeros tratamentos alternativos medicamentos e diversas outras terapias que eu já tentei, a dor continua e tá voltando cada vez mais forte.”

Em resposta a um comentário depreciativo no TikTok, Carolina afirmou: “Optar pela eutanásia não é desistir da vida, é buscar paz, buscar conforto, buscar uma vida sem dor. Mas enquanto esse dia não chega, enquanto eu tô viva, eu vou fazer de tudo para continuar vivendo.”

Onde procurar ajuda?

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas por dia.

O CVV tem cerca de 3 mil voluntários e atende aproximadamente 8 mil ligações por dia.

Telefone do CVV: 188
ACESSE O CHAT AQUI

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