Próximas madrugadas podem ter termperatura acima de 30ºC no RS

Os gaúchos enfrentam uma intensa onda de calor. Nesta segunda-feira (10), as temperaturas ultrapassaram a marca de 40ºC em algumas cidades. Em Lajeado, no Vale do Taquari, a sensação térmica chegou a 50ºC durante a tarde. 

Contudo, nem mesmo em momentos em que o calor deveria dar uma trégua ele diminuirá. Isso porque nas duas próximas madrugadas o Rio Grande do Sul pode ter temperatura perto ou acima de 30ºC, segundo a MetSul. Os meteorologistas advertem que as marcas elevadas podem trazer risco para a saúde e dificultar o sono. 

“À medida que a onda de calor atinge o seu pico de intensidade e a massa de ar quente se reforça com a aproximação de uma frente fria que vai chegar entre quarta-feira e a quinta, as mínimas que vinham agradáveis em diversas cidades se elevam muito”, explica a empresa especializada em meteorologia. 

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Conforme o prognóstico, grande parte do território gaúcha deve ter mínimas entre 22ºc e 25º nesta terça-feira (11), porém, na metade Oeste a madrugada será de muito calor, com marcas de 27ºC a 28ºC no meio da noite. 

Já na madrugada da quarta-feira (12), alguns pontos do Oeste gaúcho podem registrar temperatura ao redor ou acima de 30ºC. 

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“Como haverá pancadas de chuva e temporais isolados em diversas regiões na segunda metade da terça, a instabilidade deve contribuir para diminuir a temperatura em várias cidades antes da madrugada da quarta, mas, por outro lado, a umidade aumenta muito e a sensação de abafamento será enorme em várias cidades nas primeiras horas da quarta-feira”, observa a MetSul. 

Risco à saúde? 

De acordo com a MetSul, especialistas estudam os efeitos das ondas de calor na saúde das pessoas. No entanto, eles advertem sobre o perigo das noites muito quentes, caracterizadas por temperaturas mínimas elevadas durante essas ondas, pois representam risco significativo à saúde pública. 

“A ausência de um resfriamento noturno adequado impede a recuperação térmica do organismo humano, sobrecarregando os mecanismos termorregulatórios e aumentando o risco de hipertermia, estresse térmico e desidratação”, explica a MetSul.

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Outro ponto é que a manutenção de temperaturas mínimas elevadas reduz a eficiência da dissipação de calor corporal, especialmente por meio da sudorese e da vasodilatação periférica, podendo resultar em exaustão pelo calor, risco maior em idosos e indivíduos com comorbidades cardiovasculares e respiratórias.

A MetSul explica que “noites muito quentes agravam o efeito de ilha de calor urbana, uma vez que o calor acumulado durante o dia não é suficientemente dissipado, prolongando a exposição térmica em áreas densamente urbanizadas, como é o caso de Porto Alegre”.

Com isso, a tendência é de aumento da demanda por sistemas de refrigeração artificial, aumentando o consumo de luz e agravando o risco de situações de sobrecarga na rede, o que pode causar cortes de energia. Sem energia e ar-condicionado, com o calor intenso, aumenta o perigo para pessoas vulneráveis.