Apae Bauru: parentes de secretaria responderão por golpes em liberdade

São Paulo — O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou nesta terça-feira (11/2) um pedido de habeas corpus que permitiu que Letícia da Rocha Lobo Prado e Ellen Siuza Rocha Lobo, familiares da ex-secretaria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Cláudia Lobo, respondam em liberdade pelos desvios milionários da entidade de Bauru, no interior de São Paulo.

Além de Letícia e Ellen, também receberam o benefício Diamantino Passos Campagnucci Júnior e Persio de Jesus Prado Junior, ambos funcionários da entidade.

Eles estavam presos desde o dia 3 de dezembro, quando foram alvos de mandados de prisão junto com outros quatro empregados da Apae, acusados de desviar recursos milionários da associação.

Além disso, a ação policial chamada “Operação Apae” ainda investiga funcionários, ex-funcionários e fornecedores de produtos e serviços para a entidade. A Apae é tratada como vítima no inquérito policial.


Homicídio de Cláudia Regina

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Vítima foi morta com tiro

Homem indicou à polícia local onde corpo foi queimado
Justiça decretou prisão preventiva de ex-presidente da Apae de Bauru
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Roberto Franceschetti Filho, de 36 anos, e Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos

Reprodução/Redes sociais

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Vítima foi morta com tiro

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Homem indicou à polícia local onde corpo foi queimado

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Justiça decretou prisão preventiva de ex-presidente da Apae de Bauru

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  • A investigação policial aconteceu em paralelo com a morte de Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos. A mulher, que era secretária-executiva da Apae, foi vista pela última vez no dia 6 de agosto.
  • Segundo investigação policial, ela saiu sozinha da Apae, sem os documentos e o aparelho celular, para resolver questões de trabalho.
  • Imagens de câmeras de segurança mostraram que, naquele dia, ela entrou em um carro — modelo GM Spin — e se encontrou com Roberto Franceschetti Filho. Os registros mostram que Cláudia dirigia o veículo e passou o volante para Franceschetti, enquanto a secretária foi para para o banco de trás. A mulher nunca mais foi vista.
  • Posteriormente, a perícia encontrou vestígios de sangue no banco traseiro do veículo onde os dois estavam, além de um estojo de uma pistola calibre 380.
  • Uma arma foi apreendida em um cofre sem munição na residência de Franceschetti, com três carregadores, uma cartela nova de munições e três projéteis. Um laudo pericial de confronto balístico confirmou que a arma de Roberto disparou a munição deflagrada.
  • Apesar de apenas vestígios de ossos da mulher terem sido localizados, a Polícia Civil concluiu que Cláudia foi morta e teve e teve seu corpo queimado pelo ex-presidente da Apae na Pousada da Esperança. Roberto Franceschetti Filho foi preso nove dias depois do desaparecimento e responde pelo assassinato da secretária.

 

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