O tarifaço de Trump afeta a indústria do aço no RS? Veja avaliação da Fiergs

O tarifaço de 25% no imposto de importações de aço e alumínio anunciados na segunda-feira (10) pelo presidente dos EUA Donald Trump, devem ter efeitos limitados na indústria gaúcha. A avaliação é da  Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

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Foto: RS/Fotos Públicas

A entidade explica que no Brasil, de janeiro a dezembro de 2024, 44,7% das vendas externas desse insumo foram destinadas ao mercado norte-americano (US$ 6 bilhões do total de US$ 13 bilhões). Já para o RS elas representaram 2,7% da pauta, US$ 4 milhões do total de US$ 147 milhões vendidos.

Os principais destinos do aço gaúcho no ano passado foram México (24,7%), Argentina (23,3%), e Índia (11,2%).

No alumínio, o Brasil exportou US$ 1,3 bilhão em 2024, com US$ 176,8 milhões (13,1%) para os Estados Unidos. No Rio Grande do Sul, as vendas deste produto alcançaram US$ 8,2 milhões, com 5,7% (US$ 500 mil) para os EUA, de acordo com o levantamento realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs.

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Consequências indiretas

No impacto indireto, porém, o Rio Grande do Sul poderá sofrer consequências. A entidade que representa a indústria no Estado diz que com a possível menor demanda dos Estados Unidos – devido ao aumento de preço do produto brasileiro no mercado dos EUA – a produção brasileira de aço e alumínio poderá ser afetada, aumentando custos e reduzindo a competitividade no mercado interno.

Os EUA representavam 4,3% do mercado das exportações de aço do RS em 2021, participação que foi reduzida para 3,6% (2022), 3,2% (2023) e 2,7% (2024).

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