Padilha afirma que Brasil não entrará em guerra comercial com Trump

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (11) que o governo brasileiro não pretende entrar em conflito com os Estados Unidos após a decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

“O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre favorável a que se fortaleça, cada vez mais, o livre comércio”, disse Padilha durante um evento com prefeitos em Brasília.

“O que o presidente Lula (PT) tem dito com muita clareza, outros países também: guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes para o mundo, nos últimos anos, foi exatamente a gente construir instrumentos, diálogo com os países”, ressaltou.

O ministro destacou que o governo Lula acompanha a situação com cautela e deve buscar o diálogo como forma de minimizar os impactos da medida, que deverá entrar em vigor em 12 de março. Segundo ele, ainda não há uma posição oficial sobre possíveis medidas de reciprocidade, mas a intenção não é retaliar os EUA.

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Impacto da medida nos exportadores brasileiros

O Brasil está entre os países mais afetados pela decisão, ao lado de Canadá e México. Em 2024, o país foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, segundo dados do Departamento de Comércio americano. Em 2023, os Estados Unidos foram destino de 18% das exportações brasileiras de ferro fundido, ferro e aço.

Essa não é a primeira vez que Trump adota barreiras comerciais contra o setor siderúrgico brasileiro. Durante seu primeiro mandato, ele implementou tarifas semelhantes, mas acabou recuando após negociações.

Efeito na economia e próximos passos

A taxação pode afetar de forma importante a siderurgia brasileira, setor que depende fortemente do mercado norte-americano. O governo brasileiro avalia estratégias para mitigar os impactos, incluindo negociações bilaterais e possíveis contrapartidas.

A decisão de Trump está alinhada com sua política de proteção à indústria nacional, uma de suas principais bandeiras de campanha. A expectativa é de que os países afetados busquem reverter a medida por meio de negociações, assim como fizeram Canadá e México no passado.

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