RS-122 interditada: Acidente com caminhão-tanque gera quilômetros de congestionamento e afeta motoristas: “Dois dias a mais fora de casa”

A interdição total da RS-122 devido ao acidente com um caminhão-tanque na altura do quilômetro 11, em São Sebastião do Caí, segue causando impactos no tráfego e transtornos logísticos para motoristas de carga que trafegam pela rodovia. Sem previsão de liberação, o congestionamento no sentido Portão–São Sebastião do Caí já ultrapassa três quilômetros, começando no quilômetro 8 e indo até o ponto do acidente.

Interdição total da RS-122 devido ao acidente com um caminhão-tanque na altura do quilômetro 11, em São Sebastião do Caí, segue causando impactos no tráfego | abc+



Interdição total da RS-122 devido ao acidente com um caminhão-tanque na altura do quilômetro 11, em São Sebastião do Caí, segue causando impactos no tráfego

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

O engarrafamento é composto exclusivamente por caminhões de carga. Motoristas de veículos leves, ao se depararem com a retenção, decidem retornar e buscar rotas alternativas, evitando ficar presos na fila.

Entre os caminhoneiros parados está Gildeon Alves Carvalho, 48 anos, natural de Guarapari, Espírito Santo. Ele trafegava pela RS-122 por volta das 5h30 da manhã quando percebeu a extensão do congestionamento e decidiu parar no acostamento, ao lado de árvores, já imaginando que o dia seria de sol escaldante.

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“Por causa deste acidente, significa que vou ficar dois dias a mais fora de casa”, lamentou Carvalho, que já entrou em contato com o filho, no Espírito Santo, para avisá-lo do atraso na viagem de retorno.

Caminhoneiro Gildeon Alves Carvalho trafegava pela RS-122 por volta das 5h30 da manhã quando percebeu a extensão do congestionamento e decidiu parar no acostamento | abc+



Caminhoneiro Gildeon Alves Carvalho trafegava pela RS-122 por volta das 5h30 da manhã quando percebeu a extensão do congestionamento e decidiu parar no acostamento

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Além dele, pelo menos outros 20 caminhoneiros estacionaram nas margens da rodovia ou em um posto de combustível no quilômetro 8 para aguardar a liberação do tráfego. A estratégia foi uma alternativa ao calor intenso registrado desde as primeiras horas da manhã. Diante da incerteza sobre a liberação, Carvalho improvisou uma cozinha de beira de estrada – hábito comum entre caminhoneiros – e preparou café e almoço antes de seguir com a espera.

A interdição também afetou motoristas que não tinham conhecimento do acidente. O servidor público Jarbas da Rosa, 50, se deslocava para Caxias do Sul e, ao chegar na altura do quilômetro 8, precisou repensar sua rota.

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“Infelizmente não tinha informações do acidente, se não teria buscado já uma rota alternativa antes de cair aqui, onde está tudo trancado. Estou processando as informações para pensar numa alternativa porque preciso estar meio-dia em Caxias do Sul”, destaca.

A interdição da RS-122 gera um efeito cascata no transporte de carga e deslocamentos na região, especialmente para quem segue rumo à Serra Gaúcha. Segundo a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), ainda não há previsão para a retirada do caminhão-tanque, que segue preso no vão da ponte sobre o rio Cadeia. Dois guindastes devem realizar a retirada do caminhão-tanque do local. A operação é considerada de risco já que, embora o caminhão tenha realizado o descarregamento da carga de gás em Caixas do Sul na segunda-feira (10), ainda há resquício do produto no tanque.

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