Calor extremo requer cuidados com a população idosa

Temperaturas acima da média dos últimos dias, ao redor de 40 graus, causam impacto direto à saúde. O risco de desidratação é o primeiro sinal de alerta para todas as idades, porém para a população mais idosa há outros riscos envolvidos.

Calor impacta diretamente na saúde e no bem-estar dos idosos e requer atenção redobrada | abc+



Calor impacta diretamente na saúde e no bem-estar dos idosos e requer atenção redobrada

Foto: DIVULGAÇÃO

Apesar os episódios de chuva darem a sensação de amenizar o calorão, é recomendável manter o cuidados ao longo de todo o verão enquanto as altas temperaturas persistirem. A geriatra Taís Guimarães Maia explica que devido a uma combinação de fatores, temperaturas mais altas causam mais retenções de líquido, gerando inchaços nas pernas, e maior troca de vapor com o ambiente.

Esse quadro pode causar desidratação e diminuição da pressão arterial, podendo gerar desmaios e mal-estar. Conforme Taís, que atua no Case ABC, da Hapvida NotreDame Intermédica o público da terceira idade tem algumas particularidades. “Naturalmente, o idoso sente menos sede e, por isso, tende a beber menos água”, informa Taís.

A geriatra aconselha que um dos principais cuidados nesse clima extremo é facilitar o acesso à água com o uso de garrafinhas. Além disso, deve-se fazer uso do filtro solar, evitar andar ou fazer exercícios em horários de maior incidência solar e adotar uma alimentação baseada em comidas mais leves e frescas, com preferência para frutas e verduras.

Sinais que podem exigir medidas mais urgentes

A médica ainda dá algumas dicas para a situação de algum idoso passar mal na rua ou em ambientes fechados devido ao calor excessivo: “O primeiro ponto é manter a calma. Em seguida, verificar se ele está inconsciente; nesse caso, o SAMU deve ser acionado imediatamente. Mas, se estiver responsivo, devemos, se possível, verificar os sinais vitais, como pressão, glicemia e reforçar hidratação, além de deixá-lo em um ambiente com temperatura amena”, reforça. “Acompanhamento médico regular também é fundamental para diagnosticar outras causas do mal-estar”.

Métodos de ventilação do ambiente

Para amenizar as altas temperaturas, a utilização de ventilador e ar-condicionado aumenta. Entretanto, esse aliado pode agravar alguns problemas de saúde: “O uso pode ser benéfico para idosos, mantendo-os frescos e prevenindo o superaquecimento. Porém, é importante evitar exposições diretas ao ar e garantir que os aparelhos estejam limpos para evitar alergias e problemas respiratórios”, esclarece a geriatra.

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