Pesquisa denuncia alimentos ultraprocessados que são ‘reis’ dos agrotóxicos

O consumo de alimentos ultraprocessados tem sido amplamente discutido devido aos seus impactos negativos na saúde. Uma pesquisa recente, realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), intensificou esse debate ao encontrar agrotóxicos em alguns desses produtos.

Os resultados têm gerado repercussão significativa, especialmente quando se trata de substâncias potencialmente cancerígenas. Em maio passado, o Idec lançou a pesquisa “Tem Veneno Nesse Pacote”, que analisou 24 produtos ultraprocessados de oito categorias distintas.

Esse estudo é a terceira edição de uma série que visa alertar consumidores sobre os riscos escondidos em alimentos populares. As análises foram realizadas por um laboratório credenciado, garantindo a credibilidade dos resultados.

O Idec, atuando como uma organização independente, continua a promover os direitos dos consumidores para alcançar uma sociedade mais saudável e sustentável.

A pesquisa ainda não tem previsão para uma nova edição em 2025, mas a divulgação dos seus resultados continua a ser um assunto de interesse.

Os defensivos agrícolas são amplamente usados em plantações do Brasil e do mundo – Imagem: Shutterstock/reprodução

Detalhes da pesquisa e metodologia

O estudo incluiu alimentos como macarrão instantâneo, biscoitos e hambúrgueres à base de plantas.

Em cada categoria, os três produtos líderes de vendas foram selecionados para teste. O laboratório utilizado possui acreditação da Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) e é reconhecido pela Anvisa.

Alguns produtos analisados foram:

  • Biscoito maisena Marilan e Triunfo: quatro agrotóxicos diferentes detectados;
  • Hambúrguer à base de plantas Sadia: três tipos de agrotóxicos encontrados;
  • Empanado sabor frango Seara: três tipos de agrotóxicos detectados;
  • Macarrão instantâneo Nissin e Renata: três tipos de agrotóxicos presentes.

Substâncias e riscos à saúde

O glifosato foi identificado como o agrotóxico mais comum na pesquisa, presente em sete das amostras.

De acordo com a OMS, essa substância é considerada potencialmente cancerígena, o que aumenta a preocupação em relação ao consumo desses produtos.

Respostas das empresas

Diante dos resultados, as empresas responsáveis pelos produtos “pegos” no levantamento responderam em sua defesa.

A Selmi destacou seu controle de qualidade constante, enquanto a BRF enfatizou a conformidade com padrões internacionais. A Nissin Foods e a Bagley também manifestaram suas práticas de segurança alimentar e rastreabilidade.

A Marilan afirmou o compromisso com normativas vigentes, e a Aurora Coop esclareceu a ausência de produção do lote testado. Outras empresas, como Piracanjuba e Bimbo Brasil, reiteraram a conformidade com a legislação e segurança de seus produtos.

Essas respostas refletem o esforço das companhias em demonstrar transparência e comprometimento com a saúde do consumidor, apesar das preocupações levantadas pelo Idec.

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