Produção de petroleiras brasileiras cresce em janeiro; Brava lidera avanço

As petroleiras brasileiras Brava Energia (BRAV3), PetroReconcavo (RECV3) e PRIO (PRIO3) apresentaram crescimento na produção em janeiro, impulsionadas por novos poços e melhorias operacionais, segundo relatório do Santander.

O banco aponta que Brava teve o maior avanço no período, com um aumento expressivo de produção para cerca de 68 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed), comparado a aproximadamente 39 kboed em dezembro. Esse crescimento, de acordo com os analistas, veio principalmente das operações em águas profundas e ultraprofundas (offshore), onde a extração ocorre em alto-mar, longe da costa. Os campos de Atlanta e Papa-Terra foram os principais responsáveis por esse aumento, entregando volumes acima das expectativas.

Para os próximos meses, a empresa projeta uma estabilização entre 80 e 85 kboed, impulsionada pelo desempenho de Atlanta, que recentemente atingiu cerca de 28 mil barris por dia (kbpd), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A produção da PetroReconcavo atingiu 27 kboed em janeiro, refletindo os efeitos positivos da perfuração de novos poços nos campos de Tiê e Sabiá. Em Potiguar, a produção avançou para 13,3 kboed, enquanto na Bahia chegou a 13,5 kboed, ajudada pelo ramp-up de novos poços em Tiê.

O Santander aponta que a empresa ainda enfrenta restrições de escoamento em Miranga, localizado na Bacia do Recôncavo, na Bahia, e interrupções pontuais para manutenção, mas espera uma leve melhora com a normalização da produção de gás natural na região. Para 2025, a projeção da PetroReconcavo se mantém conservadora, estimando um volume médio de 28,5 kboed.

A PRIO também registrou um avanço na produção, alcançando 114 kboed, um crescimento mensal de 3%, calculam os analistas. O aumento foi impulsionado pelo campo de Albacora Leste, que subiu 13% no período, atingindo 24,6 kboed após a conclusão da substituição de uma turbina.

Segundo o banco, o desempenho de Peregrino também foi positivo, chegando a 38,9 kboed. Por outro lado, o campo de Frade apresentou leve recuo, caindo para 39,4 kboed. A empresa diz que planeja realizar uma manutenção programada nesse ativo nos próximos meses, o que pode trazer alguma oscilação nos números mensais.

A expectativa do mercado é que as petroleiras divulguem novas certificações de reservas nas próximas semanas, o que pode trazer mudanças estratégicas para o plano de trabalho da Brava em 2025, especialmente nas operações em terra. Já a PRIO pode adotar premissas mais conservadoras para alguns ativos, enquanto a aquisição de participação adicional no campo de Wahoo segue atrasada devido a questões regulatórias.

Entre as empresas analisadas, Brava e PetroReconcavo aparecem como as apostas preferidas do Santander entre as petroleiras independentes brasileiras. A perspectiva de manutenção da produção em patamares elevados para a primeira e de leve crescimento para a segunda pode reforçar a confiança dos investidores nos papéis.

No caso da PRIO, o banco vê com bons olhos o aumento de produção e o programa de recompra de ações, mas avalia que a companhia segue sem um grande evento que possa impulsionar seus papéis no curto prazo.

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