Após adiamento, ano letivo começa na rede estadual; algumas escolas já enfrentam falta de professores

Após o adiamento do início das aulas devido a uma liminar obtida pelo Cpers-Sindicato em razão do calor extremo no Rio Grande do Sul, o governo estadual conseguiu reverter a decisão na última terça-feira (11). Com isso, as atividades na rede estadual começam nesta quinta-feira (13).

Colégio 25 de Julho | abc+



Colégio 25 de Julho

Foto: Arquivo GES

Na área de abrangência da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que abrange 38 municípios dos vales do Sinos, Caí e Paranhana, 166 escolas retomam às atividades, atendendo 57.681 alunos. A coordenadora da 2ª CRE, Ileane Margarete dos Santos Bravo, destaca que a maioria está apta a iniciar o ano letivo normalmente.

FIQUE LIGADO: Tempestades, alagamentos e onda de calor: Inmet emite cinco alertas para o RS

“Posso dizer que 90% das nossas escolas estão prontas para receber os alunos, organizadas, pintadas. O governo do estado depositou em dezembro a verba do Agiliza Educação, e com esta verba as direções das escolas podiam fazer todas as melhorias e comprar ar-condicionado, ventilador, bebedouro, enfim, o que fosse necessário para a escola retomar”, garante.

A única escola que não retornará com aulas 100% presenciais é a Escola Estadual de Ensino Fundamental Vila Lobos, em São Leopoldo. No local, a 2ª CRE finaliza obras na rede elétrica e no telhado, atendendo a uma demanda da comunidade escolar que aguardava essa melhoria há mais de 15 anos.

CONFIRA AINDA: Incêndio criminoso atinge centro humanitário com cerca 380 pessoas em Canoas; vítimas das enchentes dizem viver clima tensão

“A previsão é na primeira quinzena de março para a entrega da obra. Então, teremos 21 dias letivos híbridos. Alguns alunos terão aulas online, outros presenciais, e assim por diante”, explicou Ileane. Durante o período com aulas híbridas, as aulas presenciais ocorrerão na Escola Caldre Fião.

Enquanto algumas escolas enfrentam falta de professores…

Apesar das instituições estarem preparadas para receber os estudantes, algumas enfrentam dificuldades com a falta de professores. Apesar disso, conforme a direção das escolas, essa questão não deve comprometer o início do ano letivo.

LEIA TAMBÉM: “Tem gente que morreu esperando a casa que foi prometida pelo governo”: Famílias vivem há 11 anos com aluguel social

Na maior escola estadual de Estância Velha, o Colégio 8 de Setembro, a infraestrutura está pronta para receber os alunos. No entanto, há falta de professores para duas disciplinas do primeiro ano do ensino médio. Segundo a diretora Marisa Oswald, a escola já está em vias de contratar um professor de química e, em seguida, buscará um docente para física.

Além disso, a equipe gestora realizou uma revisão completa na estrutura do prédio, verificando a limpeza, a merenda escolar e a manutenção de vidros quebrados das janelas. Também foram feitas higienizações nos aparelhos de ar-condicionado e revisões no funcionamento dos bebedouros. “Acabamos de concluir o checklist e está tudo pronto para receber os 822 alunos matriculados até o momento. Está tudo dentro do planejado”, afirmou, no começo da tarde desta quarta-feira (12).

Já no Colégio Estadual 25 de Julho, em Novo Hamburgo, a falta de professores afeta mais disciplinas. De acordo com a diretora Janaína Barbosa dos Santos, a mudança na grade curricular e a transferência de docentes para outras escolas resultaram na carência de professores de artes, educação física, matemática, português e química, especialmente no turno da noite.

Para evitar que os alunos fiquem sem aulas, professores de outras disciplinas aumentarão a carga horária. “A CRE já tem as nossas necessidades e está trabalhando para completar nosso quadro”, disse a diretora.

… Outras iniciam o ano letivo com o quadro completo

Já na Escola Estadual Maria das Neves Petry, do bairro Industrial, em Novo Hamburgo, o retorno das aulas ocorrerá sem intercorrências. A instituição, que atende cerca de 200 alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, conta com o quadro de professores completo.

A diretora Alice Scaravonato destacou que a única demanda da escola no momento é a contratação de um monitor para acompanhar um aluno de inclusão no turno da manhã. A necessidade já foi comunicada à CRE, e a direção aguarda a solução.

“Por aqui está tudo pronto para receber os estudantes. Em nossa escola, todas as salas estão equipadas com ar-condicionado, o que traz conforto aos alunos”, garante. A escola foi contemplada com uma grande reforma em 2018, incluindo a troca da rede elétrica, o que permitiu a instalação dos aparelhos de ar-condicionado em todas as salas.

A Escola Estadual Fernando Ferrari, em Campo Bom, também inicia o ano letivo com o quadro de professores completo. A instituição, que é a única escola estadual com turno integral na cidade, atende 187 alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio.

A diretora Maristela Brendano explicou que, por ser uma escola de turno integral, o retorno das aulas ocorre de forma escalonada. “Na quinta-feira (13), receberemos os alunos do 1º ano. Na segunda-feira (17), será a vez de recepcionar os estudantes do 2º ano, e na terça-feira (18), acolheremos os alunos do 3º ano. A partir dessa data, todos terão aulas normalmente”, detalha.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.