CDBs foram o investimento favorito das pessoas físicas em 2024, diz Anbima

O volume de investimentos das pessoas físicas cresceu 12,6% e alcançou R$ 7,29 trilhões em 2024, informou a Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), nesta quinta-feira (13). Os valores são referentes a aplicações de clientes do varejo, tradicional e alta renda, e do private, segmento no qual o investidor tem mais de R$ 5 milhões aplicados. Com a renda fixa em destaque, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) foram os títulos mais procurados. 

Os investidores de varejo foram responsáveis por 68,6% do volume aplicado no ano passado. A renda fixa recebeu 59,2% do montante, ampliando a participação que foi de 56,5% em 2023. Produtos de previdência ficaram com 16,9% do volume e a renda variável com 13,6%. 

A proporção não deve mudar muito em 2025, segundo Luciane Effting, vice-presidente do Fórum de Distribuição da Anbima. Ela diz que “é natural que o investidor busque novamente a segurança, rentabilidade e liquidez que encontrou em 2024”. 

Os CDBs foram os produtos favoritos do varejo, com R$ 1,04 trilhão vindo das pessoas físicas, alta de 20,7% na comparação com o volume de 2023. As ações cresceram pouco (4,1%), mas aparecem logo depois, com R$ 732,1 bilhões, seguidas por LCAs (R$ 473,9 bilhões) e LCIs (362,1 bilhões).

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Sem imposto

Os papéis isentos, que incluem as LCIs e LCAs, além de debêntures incentivadas, CRIs e CRAs, foram destacados pela vice-presidente da Anbima por crescerem acima do CDI mesmo com restrições de liquidez e emissão impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

As pessoas físicas investiram R$ 1,23 trilhão nesses títulos em 2024, 15,5% a mais do que o volume registrado um ano antes, enquanto o CDI avançou 10,88%. 

Para Effting, os investimentos de renda fixa isentos de Imposto de Renda “devem continuar crescendo ao longo deste ano, mas isto não quer dizer que não há espaço para diversificação”.

As aplicações diretas em títulos e valores mobiliários, como CDBs, debêntures, ações e títulos públicos foram as mais comuns, com 46% de participação ante 23,7% de aplicações via fundos de investimento, 16,9% em previdência e outros 13,3% via poupança.

Nos fundos, a procura por mandatos de renda fixa subiu 36,5%, levando R$ 789,6 bilhões das pessoas físicas à classe. O volume investido em multimercados caiu 13,8%, enquanto a aplicação do público em fundos de ações diminuiu 9,5%. 

Para este ano, o crescimento dos fundos de renda fixa dependerão do apetite das empresas por financiamento no mercado de capitais, fator que vai definir se a indústria de fundos de crédito privado terá boas opções de alocação. “Tivemos apetite maior (por fundos de crédito) em 2024 por conta da mudança de tributação dos fundos exclusivos; para 2025, o crescimento está ligado a como as empresas vão avaliar o cenário macroeconômico”, diz Luciane Effting. 

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