Polícia diz que Gritzbach foi morto para vingar execução de Cara Preta

São Paulo — A investigação policial apontou que o delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach, executado no dia 8 de novembro, foi morto como forma de vingar o assassinato de Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, em dezembro de 2021.

Gritzbach foi acusado pela “Corte do Crime”, do Primeiro Comando da Capital (PCC) de aplicar um golpe milionário e mandar matar Cara Preta.

Segundo o secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Osvaldo Nico Gonçalves, os mandantes da execução de Gritzbach foram Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou João Cigarreiro, e Diego dos Santos Amaral, o Didi.

Eles teriam ordenado o crime para “vingar a morte do Anselmo [o Cara Preta] e o dinheiro que foi roubado dele”.

Os dois estão foragidos. Além deles, também está sendo procurado Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro no dia da morte do delator do PCC. Segundo a Polícia Civil, Kauê e Cigarreiro estão escondidos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Rio de Janeiro. Já Didi está na Bolívia.

“Todo mundo sabe. A gente já esteve lá, no Rio de Janeiro, mas a gente não tem jurisdição para entrar. Um dia a gente vai pegar”, declarou Oswaldo Nico Gonçalves.

Apesar dos três procurados, a polícia considera o caso como esclarecido.


Cumprimento de mandados

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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  • Nesta quinta (13/2), o DHPP deflagrou uma operação para cumprir novos mandados judiciais contra envolvidos no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach.
  • Cerca de 120 agentes participaram da operação e realizaram buscas em mais de 20 endereços.
  • Ao todo, foram presos 26 suspeitos, sendo: 17 policiais militares, cinco policiais civis — presos na Operação Tacitus por suspeita de elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvimento com lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva — e quatro pessoas relacionadas ao Kauê, apontado como olheiro no dia da execução do delator do PCC.
  • A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava a relação de policiais civis com o PCC na última quarta-feira (12/2).
  • Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas, sendo três policiais civis. Entre eles, estão o delegado Fábio Baena e o investigador Eduardo Monteiro.

 

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