IBGE: 1,4 milhão de pessoas busca emprego há pelo menos dois anos

O número de pessoas que buscavam emprego há pelo menos dois anos chegou a 1,4 milhão de pessoas — o equivalente a 20,1% da população desempregada no país.

É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, esse contingente caiu 8,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando havia 1,8 milhão de brasileiros nessa situação.

Outros 3,3 milhões de desocupados (ou 47,9% de pessoas que não estavam trabalhando e que procuravam por emprego) buscavam uma vaga entre um mês a menos de um ano. Esse grupo caiu 13% frente ao quarto trimestre de 2023.

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024, de acordo com a Pnad.

A pesquisa observou que no último trimestre do ano passado (outubro, novembro e dezembro), os maiores níveis de pessoas desocupadas foram observados na Bahia (10,8%), em Pernambuco (10,8%) e no Distrito Federal (9,6%).

Já os menores ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).

Taxa de desocupação

No recorte por sexo, a taxa de desocupação foi maior entre as mulheres no quarto trimestre de 2024. A Pnad informou que a variação era de 5,1% para os homens e de 7,6% para as mulheres.

O desemprego por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,9%) e acima para os pretos (7,5%) e pardos (7%).

A taxa de desocupação para aqueles com ensino médio incompleto (10,3%) foi maior do que a dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 6,6%, o dobro da verificada para o nível superior completo (3,3%).

Desemprego foi menor em 14 estados no ano passado

A Pnad ainda mostra que a taxa anual de desemprego foi a menor da série histórica em 14 unidades da Federação (UFs).

Confira quais estados atingiram tal patamar: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).

O desemprego no Brasil em 2024

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024. O nível anual ficou em 6,6%, como mostrado em 31 de janeiro. O resultado acumulado indica um recuo de  1,2 ponto percentual frente ao registrado em 2023 (7,8%).

Em 2024, a quantidade de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando e que procuravam por emprego) totalizou 7,4 milhões — menor contingente em uma década, ou seja, desde 2014 (7 milhões). Em 2023, 8,5 milhões não tinham emprego.

Principais destaques da Pnad Contínua:

  • Taxa de desocupação anual: 6,6% (recorde)
  • População desocupada em 2024: 7,4 milhões
  • Nível de ocupação: 58,6% (recorde)
  • População ocupada: 103,3 milhões (recorde)
  • População subutilizada: 19 milhões
  • População desalentada: 3,3 milhões
  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado: 38,7 milhões (recorde)
  • Empregados sem carteira de trabalho no setor privado: 14,2 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 26 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 6 milhões
  • Taxa de informalidade: 39%
  • Trabalhadores informais: 40,3 milhões

O nível da ocupação (percentual de pessoas em idade apta a trabalhar) foi estimado em 58,6% em 2024, 1 ponto percentual a mais que em 2023 (57,6%). Dessa forma, tornou-se o maior nível da série histórica — o recorde anterior era de 2013 (58,3%).

Além disso, a população ocupada chegou a 103,3 milhões no ano passado e bateu novo recorde dentro da série histórica. O número de pessoas com emprego cresceu 2,6% em relação a 2023.

Na comparação com a média de 2012 (89,7 milhões de pessoas trabalhavam), houve aumento de 15,2%.

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