“No final do dia, tudo se resume a crescimento”, presidente da Azul fala sobre fusão com a Gol e parceria com a CVC

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Painel ‘Voando com a Azul’ fechou o bate papo com as aéreas desta edição

SÃO PAULO – Durante o terceiro dia de Convenção de Vendas da CVC 2025, Abhi Shah, presidente da Azul Linhas Aéreas, e Daniel Bicudo, diretor da companhia, subiram ao palco ao lado de Fabio Mader, vice-presidente de Produtos e Pricing da CVC Corp, e Fabio Godinho, CEO da CVC Corp, para discutir as perspectivas do setor aéreo e do turismo no Brasil.

Shah destacou a sinergia entre a Azul e a CVC, enfatizando que ambas as empresas compartilham a missão de levar mais brasileiros a viajarem dentro e fora do país. “É incrível como construíram aqui um ambiente de energia e paixão. As missões da Azul e da CVC são muito parecidas. Ambos queremos muito mais brasileiros viajando, aqui no Brasil e fora. Acreditamos muito nesse crescimento. A Azul existe para ganhar mercado, junto com vocês”, afirmou.

Ao abordar as expectativas para 2025, Shah se mostrou otimista, apesar dos desafios enfrentados pelo setor. “O ano começou bem, e a verdade é que 2023 foi desafiador, especialmente com os impactos em Porto Alegre. Estamos entusiasmados com a demanda deste ano, com o crescimento do país e o nosso crescimento também. O mundo enfrenta incertezas, mas acreditamos que este será um ano mais estável”, afirmou. Ele também anunciou novas rotas internacionais, como Bariloche e Mendoza, e prometeu mais novidades em breve.

Vocês vão ver que vamos fechar algumas rotas e bases, mas abriremos outras

O presidente da companhia pontuou, no entanto, que ainda existem desafios a serem superados, como juros altos, câmbio desfavorável e complexidade jurídica. Mesmo assim, a Azul continuará crescendo com disciplina e eficiência. “Vocês vão ver que vamos fechar algumas rotas e bases, mas abriremos outras. Este ano, estamos apostando mais em destinos internacionais.”

O futuro da Azul e a fusão com a Gol

Em relação à fusão entre Azul e Gol, Shah reforçou que a iniciativa visa fortalecer a competição no mercado aéreo brasileiro e permitir que o país dispute em pé de igualdade com empresas globais. “Nosso objetivo é crescer. Para isso, precisamos de acesso a capital, capacidade de investimento e de uma empresa que possa competir com gigantes globais. Queremos colocar o Brasil em patamares globais, e essa é a ideia do projeto”, explicou Abih.

O executivo explicou que o processo está em fase inicial, com a apresentação de informações ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Estamos muito na primeira fase, mas, no final do dia, tudo se resume a crescimento, colocação de produtos e serviços, e criar uma companhia aérea capaz de competir globalmente em pilotos, aeronaves e capital”, continuou.

Turismo nacional e novas oportunidades

Daniel Bicudo, diretor da Azul, reforçou a importância de uma indústria unida para fortalecer o turismo. “É fundamental que a gente, como indústria, não brigue. Quanto mais estivermos próximos das agências e do trade, melhor. Assim, conseguiremos fazer um turismo forte.”

Ele também destacou a capilaridade da CVC na distribuição de voos nacionais, o que possibilita ampliar a oferta de destinos. “A multidão amarela da CVC nos motiva a colocar mais assentos da Azul na prateleira de vocês”, reforçou.

Sobre o segmento de lazer, Bicudo afirmou que há uma concentração de destinos consolidados, como Porto Seguro, Maceió e Rio Grande do Norte, mas ainda existe grande potencial a ser explorado. “Nosso DNA é impulsionar o turismo de experiência e trazer novos destinos para os brasileiros. Queremos abrir o mercado juntos, explorar novos lugares apoiados pelo governo e pelo turismo local”, finalizou Bicudo. 

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