Anderson Torres é denunciado com Bolsonaro por tentativa de golpe

Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito do inquérito que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022. Além de Torres, o ex-presidente e outras 32 pessoas foram denunciadas ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (18/2).

Torres foi imputado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo a denúncia da PGR, Anderson Torres participou de reuniões com teor golpista, além de ter conhecimento da minuta do golpe.

“É importante lembrar que os Comandantes do Exército e da Aeronáutica confirmaram à Polícia Federal que Anderson Torres participou de reuniões sobre o Decreto golpista, onde sustentava justamente a possibilidade de decretação do Estado de Defesa”.

A PGR também entendeu que Torres e outros servidores “fizeram uma escolha consciente por agir em prol da ruptura institucional”.

A denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Denúncia

O inquérito da PF chegou à PGR no dia 27 de novembro de 2024, após despacho do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Ao juntar todas as peças anexadas ao relatório final da PF, o inquérito chegou com mais de 30 volumes à PGR e milhares de páginas. Diante da magnitude do caso, fruto de uma investigação que durou quase dois anos e que identificou a atuação de seis núcleos diferentes no suposto plano de golpe, a denúncia dos indiciados ao STF ocorreu neste dia 18 de fevereiro.

Gonet, inclusive, cancelou as férias para se debruçar sobre o caso. O PGR não aderiu ao recesso de fim de ano e trabalhou em dezembro e janeiro.

Agora, o caso chega ao STF e a denúncia será analisada. Se a Corte aceitar, os denunciados viram réus e serão abertas ações penais contra eles. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes vai abrir a instrução, ouvir testemunhas, réus, colher provas. Quando essas etapas foram concluídas, o caso vai a julgamento.

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