Banco do Brasil (BBAS3): as projeções para 4T – e a expectativa de dividendo em 2025

Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BBAS3) é o último dos bancões a divulgar os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), com a projeção segundo consenso Lseg de lucro de 9,550 bilhões.

Em relatório, a XP Investimentos ressalta que o 4º trimestre deve ser desafiador para o BB. O crescimento da carteira de empréstimos total deve ficar próximo ao limite superior da faixa do guidance (entre +8% e +12% ano a ano). Isso deve fazer com que o NII (margem financeira) acelere em relação ao terceiro trimestre e feche o trimestre em +11,1% ano a ano.

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Paralelamente, embora espere que a NPL (inadimplência) continue crescendo (+10 pontos-base sequencialmente para 3,4%), impulsionada pela inadimplência no agronegócio, as provisões devem ficar ligeiramente abaixo da marca de R$ 10 bilhões reportada no trimestre anterior.

A XP também espera que as provisões para o ano terminem acima de R$ 36 bilhões (a faixa do guidance está entre R$ 34 e 37 bilhões). Assim, projeta lucro líquido de R$ 9,5 bilhões (estável ano a ano e em relação ao trimestre anterior), implicando um ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) de 21,2% (-50 pontos-base sequencialmente). No geral, os analistas esperam resultados decentes para o Banco do Brasil, impulsionados por dinâmicas saudáveis na receita, mas com um lucro líquido estável refletindo provisões ainda pressionadas.

A Genial Investimentos espera que o BB apresente resultados mornos no 4T24, com lucro líquido de R$ 9,41 bilhões, refletindo uma retração de -1,2% trimestre a trimestre e estabilidade na comparação anual (-0,4% na base anual). Já o ROE deve recuar -0,78 ponto percentual (pp) na base trimestral e -2,16 pp ano a ano, atingindo 19,8%.

Neste trimestre, a equipe de análise acredita que os principais pontos do resultado sejam o aumento da inadimplência do crédito agro, que representa cerca de um terço da carteira de crédito do banco, em meio ao cenário desafiador de liquidez para os grandes produtores de soja no Centro-Oeste e também a contínua expansão da carteira de crédito, sustentada por uma sólida performance da Carteira de Agronegócio, Pessoa Jurídica e Pessoa Física, devendo impulsionar as receitas financeiras de operações de crédito.

Além disso, a elevação da Selic tende a beneficiar os resultados de tesouraria do banco, já que sua estrutura de funding não reage na mesma proporção à alta dos juros, além de favorecer a captação de novos recursos, que são direcionados para a tesouraria e devem impulsionar a geração de receita.

A Genial espera uma melhora na qualidade do lucro, impulsionada pela forte expansão do EBT (+14,8% frente o 3T24), embora preveja uma leve retração na linha final em decorrência de uma alíquota de imposto mais elevada.

Por fim, acredita que a implementação das novas regras contábeis estabelecidas pela Resolução CMN 4.966 não deve gerar impactos materiais no capital do banco. Isso se deve, principalmente, à nova decisão da CMN e do BC de diluir a transição para o novo modelo de provisionamento ao longo de quatro anos (2025-2028), em vez do prazo inicial de um ano. Essa mudança deve aliviar a pressão sobre o capital, mitigando os impactos originalmente previstos para 2025.

Dividendos para 2025

A XP também destacou suas projeções para 2025. As estimativas apontam para um lucro estável ou levemente acima do lucro de 2024. “Mantido o percentual de 45%, podemos ver uma distribuição total da ordem de R$ 17 bilhões. Isso representaria mais um ano com um dividend yield de duplo dígito para os acionistas do Banco do Brasil”, aponta a XP.

O dividend yield é calculado a partir do valor de dividendos pagos pela empresa divido pelo preço da ação.

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