CEO da Rumble diz ter recebido nova “ordem ilegal” de Moraes

O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, disse que a plataforma recebeu uma nova ordem de Alexandre de Moraes, mas afirmou que sua empresa não irá cumprir a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por considerar a decisão “ilegal”. A declaração do empresário aconteceu nesta quinta-feira (20/2).


Guerra da Rumble contra Moraes

  • Reduto de grupos conservadores, a plataforma Rumble foi fundada em 2013 pelo empresário canadense Chris Pavlovski.
  • Em 2023, a plataforma chegou a interromper as atividades no Brasil após Alexandre de Moraes determinar a remoção de alguns conteúdos e usuários da plataforma. O caso aconteceu após o ministro pedir a derrubada de perfis como o do influenciador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, e de outros nomes da direita brasileira.
  • Na época, o influenciador, que já chegou a defender o nazismo, realizou uma transmissão onde colocou dúvidas sobre a eleição presidencial de 2022, sem que provas fossem apresentadas. 
  • A Rumble voltou a operar em solo brasileiro no início deste ano.
  • Ao lado de um grupo empresarial de Trump, a rede social entrou com uma ação mirando o ministro Moraes, acusado de violar a liberdade de expressão. Eles pedem que a Justiça conceda salvaguardas para as duas empresas contra decisões do ministro do STF. 

Pavlovski não informou sobre o que se trata a ordem, mas revelou que Moraes determinou seu cumprimento até a noite de sexta-feira (21/2).

“Recebemos mais uma ordem ilegal e sigilosa na noite passada, exigindo nosso cumprimento até amanhã à noite”, escreve o CEO da Rumble no X. “Você não tem autoridade sobre a Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos”.

Assim como já havia feito, o CEO da rede social voltou a ameaçar Moraes e disse aguardar o ministro do STF no tribunal. 

“Repito – nos vemos no tribunal”, desafiou Pavlovski.

Ao lado do grupo empresarial Trump Media & Technology Group (TMTG), do presidente dos EUA, a Rumble entrou com uma ação judicial contra Moraes na quarta-feira (19/2). O ministro brasileiro é acusado de violar a liberdade de expressão com suas decisões contra empresas norte-americanas.

 

 

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