Saiba o que mudou no sistema de emplacamento de veículos no RS

O sistema de emplacamento de veículos no Estado teve alterações no último dia 11. O Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) implementou mudanças no processo, com o objetivo de garantir maior segurança e transparência. As novas normas visam uma maior rastreabilidade e segurança, assim como a redução da criminalidade.

Novo processo de emplacamento no RS entrou em operação no dia 11 de fevereiro  | abc+



Novo processo de emplacamento no RS entrou em operação no dia 11 de fevereiro

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

Desde a fabricação da chapa até a instalação no veículo e o descarte das antigas, o novo processo pretende favorecer a rastreabilidade das placas de identificação veicular (PIV). O Software de Gerenciamento de Emplacamento de Placas de Identificação Veicular (SGPIV ) deve monitorar cada etapa do emplacamento.

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“A modernização do sistema de emplacamento no Rio Grande do Sul representa um avanço significativo na segurança veicular e na gestão de identificação dos automóveis. Ao garantir a rastreabilidade das placas e seu correto descarte, o novo modelo aumenta a eficiência da fiscalização, reduz a criminalidade e promove mais transparência no serviço de estampagem” argumentou o Detran/RS, em nota.

Além disso, também houve a criação do Instalador de Placas de Identificação Veicular (IPIV). Esse profissional será responsável por instalar as placas e deve ser cadastrado e habilitado pelo próprio Detran/RS. O sistema conta com identificação biométrica facial, garantindo que apenas instaladores autorizados possam operar.

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Novo processo de emplacamento no RS entrou em operação no dia 11 de fevereiro

Foto: Gabriel Stöhr/GES Especial

O que mudou na rotina dos emplacadores

Para tornar os processos mais seguros, naturalmente eles passaram por uma burocratização. Mesmo assim, os profissionais da área enxergam as mudanças com bons olhos. “Agora vai ficar mais difícil para quem quiser clonar as placas, e para nós aqui ficou mais seguro, sem dúvida. Todos esses processos garantem essa segurança para nós”, disse Isis Spohr, 33 anos, proprietária de uma emplacadora em Novo Hamburgo.

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Ela relata a adição de etapas no processo, o que garante maior confiabilidade no serviço prestado. Para reemplacar um veículo usado, por exemplo, o processo só inicia após o reconhecimento biométrico do profissional licenciado. Depois disso, o sistema exige uma série de fotos, incluindo das placas antes da instalação, do número do chassi do automóvel, da frente e traseira do veículo com as novas identificações instaladas, e por fim, das antigas cortadas ao meio, para confirmar o descarte. Também é necessário informar os códigos dos lacres retirados.

Associação aprovou

Fábio Baldissera, presidente da Associação Gaúcha dos estampadores de placas Veiculares, avalia de forma positiva as mudanças, mesmo que, em um primeiro momento, tenham exigido um grande investimento. “Isso implicou para nós estampadores o investimento de mais de R$ 2 milhões de reais em equipamentos tecnológicos, novos celulares, câmeras para ter acesso integral em tempo real ao Detran. Foi um investimento bem grande que a categoria teve que fazer em todo o Estado”, iniciou.

“Para nós foram extremamente importantes (as mudanças). Apoiamos totalmente o Detran porque isso traz mais segurança para nós empresários, valoriza o nosso trabalho e principalmente segurança para o cidadão que vai ter as garantias de que o veículo está sendo emplacado de forma correta”, concluiu

As mudanças foram estabelecidas pelas portarias Detran/RS nº 544/2023 e nº 497/2023, substituem a Portaria nº 427/2019 e estão em conformidade com a Resolução Contran nº 969/2022.

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