Jeep Commander Longitude oferece espaço interno a quem não tem pressa | Avaliação

A Jeep expandiu sua participação de mercado com a chegada do Commander no segundo semestre de 2021, oferecendo mais espaço e versatilidade em relação ao Renegade e ao Compass. Mas sempre fez falta uma versão de entrada, por isso, dessa vez avaliamos o Commander Longitude, variante que chegou recentemente ao mercado.

No segmento de SUVs de sete lugares, independente do porte, ele divide atenções com Caoa Chery Tiggo 8, VW Tiguan Allspace, Chevrolet Spin e Trailblazer, Toyota SW4 e Mitsubishi Pajero Sport, estes três últimos com construção de carroceria sobre chassi.

Ao longo do tempo ele manteve seu design de linhas retas, sendo sustentado pela arquitetura Small Wide, a mesma do Renegade, Compass, Fiat Toro e Ram Rampage. Mas, será que o Commander continua uma boa pedida? E, em uma versão de entrada menos equipada, perde o charme?

Jeep Commander prata parado de frente com casa e árvore ao fundo
Jeep Commander Longitude T270 [Auto+ / Rafael Dea]

Espaço interno e ergonomia do Jeep Commander

Com 4,76 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,71 m de altura e 2,79 m de entre-eixos, o Commander é significativamente maior que o Compass, que mede 4,40 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,62 m de altura e 2,63 m de entre-eixos, para comparar.

Sem alterações visuais expressivas, apenas novas versões e motorizações desde o lançamento em 2021, o Commander manteve a boa qualidade construtiva do habitáculo exibindo bons materiais e acabamentos, incluindo revestimentos em suede, ausentes na versão Longitude. É um carro fácil de se ajustar, com bancos bem desenhados e espumas de densidade macia.

A ergonomia é bem resolvida, com comandos acessíveis e uma posição de dirigir elevada. A coluna de direção amplamente ajustável em altura e profundidade facilita ainda mais o bem estar do motorista. A visibilidade dianteira e lateral é beneficiada pela ampla área envidraçada, enquanto os vidros traseiros escurecidos garantem privacidade e conforto térmico.

Na segunda fileira, que pode ser ajustada por trilhos, os passageiros têm espaço generoso para as pernas e joelhos, graças ao entre-eixos de 2,79 m. Esse valor supera os 2,71 m do Caoa Chery Tiggo 8 e se aproxima dos 2,84 m do Chevrolet Trailblazer.

O Commander também se destaca pelo porta-malas de 661 litros, ou 233 litros com os bancos extras em uso. Vale lembrar que, a unidade testada tem sete lugares, que é um opcional de R$ 9 mil na versão Longitude. Com o rebatimento das duas fileiras traseiras, a capacidade sobe para 1.760 litros, um dos motivos pelos quais o modelo conquistou famílias maiores.

Na terceira fileira, o espaço é limitado, sendo mais adequado para crianças ou adultos de baixa estatura. Os bancos são mais baixos e possuem encosto mais reto, servindo para deslocamentos curtos. Quando não estão em uso, ficam embutidos no assoalho, sem comprometer a capacidade do porta-malas, como era na antiga Chevrolet Zafira.

Estar conectado é preciso

A versão Longitude deixou de ser oferecida de série com sete assentos na linha 2025 e agora oferece apenas cinco lugares, com preço inicial de R$ 227.990. Os bancos extras elevam a conta a R$ 236.990. Estamos considerando essa configuração para falar do irmão maior do Renegade e do Compass, que nas fotos aparece com sete assentos.

De série, o SUV da Jeep inclui ar-condicionado de duas zonas, quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas e central multimídia de 10,1 polegadas com conectividade Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de uma interface é intuitiva e de fácil operação.

Multimídia do Jeep Commander Longitude
Jeep Commander Longitude T270 [Auto+/ Rafael Dea]

O Commander Longitude também oferece um pacote completo de anjos de guarda em prol da segurança, incluindo seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controle de velocidade adaptativo, frenagem de emergência com detecção de pedestres/ciclistas, assistente de permanência em faixa e controle de estabilidade e anticapotamento. Também há sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.

Outros destaques da versão Longitude do Commander incluem luzes diurnas de LED, função Auto Hold (mantém o carro parado sem pressionar o freio), assistente de estacionamento, entradas USB-C e sistema de som Harman Kardon com nove alto-falantes, subwoofer e 450W de potência.

Falta força no Jeep Commander T270?

Sob o capô, o Commander Longitude traz o motor 1.3 16V turbo (T270), acoplado ao câmbio automático de seis marchas. Para se adequar às normas de emissões do Proconve L8, em vigor desde janeiro de 2025, o SUV passou a entregar 176 cv, com gasolina ou etanol, mantendo os 27,5 kgfm de torque.

Essa redução de 9 cv em relação aos 185 cv anteriores deixou o desempenho apenas condizente à proposta. Algo que já era característico no Commander. O turbolag é perceptível e a calibração do acelerador é voltada ao conforto. Sem eletrificação para auxiliar, é preciso uma leve dose de paciência para ganhar velocidade, especialmente nas baixas e nas médias rotações.

Motor 1.3 16V turbo (T270) do Jeep Commander
Jeep Commander Longitude T270 [Auto+Rafael Dea]

A relação peso-potência passou de 9,05 kg/cv para 9,29 kg/cv. No entanto, o SUV da Jeep compensa com excelente isolamento acústico, rivalizando com modelos premium da Audi, BMW e Mercedes-Benz, e com suspensões independentes nas quatro rodas que garantem conforto e estabilidade, mesmo em curvas contornadas mais rapidamente.

A direção assistida eletricamente é leve em baixas velocidades e possui o peso correto em altas. O SUV é previsível e responde bem nas curvas, apesar do porte avantajado. Os freios a disco nas quatro rodas garantem boas frenagens e um pedal de freio ajustado para conforto transmitindo respostas progressivas.

Jeep Commnader Longitude parado de traseira com casa e árvore ao fundo
Jeep Commander Longitude T270 [Auto+/ Rafael Dea]

O consumo é um fator decisivo de compra e o Commander Longitude faz 7 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol, enquanto com gasolina as médias são de 10 km/l e 11,4 km/l, respectivamente, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro.

Veredicto

Se você busca espaço e um porta-malas generoso, o Jeep Commander é uma boa escolha. Bem acabado, ele atende famílias numerosas que precisam de um carro espaçoso para viagens, mas sem grandes emoções ao volante. Aliás, ele é o típico carro para dirigir sem pressa.

Jeep Commander Longitude T270 [Auto+Rafael Dea]

Para quem deseja um desempenho bruto há o Commander Overland Hurricane e Blackhawk, que oferecem até 272 cv e 40,8 kgfm. Se a performance não for um problema e você precisa de espaço, o Commander Longitude pode ser uma boa pedida.

O que você acha do Jeep Commander? Caso seja dono ou ex-proprietário compartilhe a sua experiência nos comentários!


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