Copel: desinvestimento bem-sucedido demonstra agilidade e a capacidade de criar valor

A companhia elétrica Copel (CPLE6) anunciou na última sexta-feira (21) que exerceu direito de comprar a participação de 70% da Neoenergia (NEOE3) na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu e revendeu 100% da usina Baixo Iguaçu para a operadora hidrelétrica tcheca Energo-Pro.

O JPMorgan vê a transação como positiva nas estratégias de reciclagem de capital da Copel e da Neoenergia, mas oferecendo um potencial limitado de impacto para o Valor Presente Líquido (VPL) ou rendimentos.

O Goldman Sachs vê o anúncio como um ponto positivo estratégico para a Copel, pois (i) otimiza ainda mais o portfólio e a estrutura administrativa da empresa (outro passo na direção certa para sua recuperação em andamento); e (ii) cria capacidade para dividendos adicionais no curto prazo, o que, na visão do banco, é um dos principais catalisadores para o nome.

O banco reitera a recomendação de compra para a Copel, que é um dos nomes preferidos em sua cobertura de utilities, de energia e saneamento, juntamente com Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3).

O BTG Pactual ressalta que a operação marca outro desinvestimento bem-sucedido e demonstrando a agilidade e a capacidade da empresa de criar valor.

Embora pequena, o BTG avalia que a transação foi muito boa para a Copel.

O BTG comenta que a transação é altamente geradora de valor, atingindo a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 3,2% para a transação, ou um valor presente líquido (VPL) para a Copel de R$ 247 milhões (0,8% de seu valor de mercado).

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O BTG reiterou recomendação de compra para Copel (CPLE6), com preço-alvo de R$ 15.

Segundo o Bradesco BBI, o movimento destaca a alta qualidade da equipe de gestão da Copel que tem liderado a empresa desde a privatização. Em termos práticos, a Copel viu uma abertura e, em vez de esperar passivamente por uma oferta da EDF para comprar sua participação de 30% pelo preço implícito oferecido à Neoenergia, ela se moveu em menos de 15 dias para consolidar o controle de Baixo Iguaçu, enquanto em paralelo negociou com a Energo-Pro para vender 100% do ativo, obtendo uma melhor avaliação para sua participação de 30%.

Quanto ao motivo pelo qual a Energo-Pro pagou um preço mais alto pela participação da Copel frente ao preço implícito pela oferta da EDF à Neoenergia, o BBI disse que pode apenas presumir que o apetite da Energo-Pro para expandir sua participação em renováveis no Brasil é ainda maior do que esperado, e/ou que havia itens na avaliação inicial do ativo que podem ter sido subestimados, o que a Copel foi capaz de destacar para a Energo-Pro em suas negociações.

O BBI reiterou a Copel como sua principal escolha no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 14, pois a empresa possui vários catalisadores de curto e médio prazo, incluindo: “(i) o anúncio de uma política de estrutura de capital em maio, que deve falar sobre o potencial de provavelmente pagar dividendos robustos já em 2026 (provavelmente acima de 10% de rendimento); (ii) o leilão de capacidade em junho, para o qual a Copel tem um projeto hidrelétrico competitivo de 860 MW que, em nossa estimativa, pode adicionar VPL de 3% a 5% do valor de mercado; (iii) a migração pendente para o Novo Mercado, mas isso depende da Eletrobras assinar um acordo com o Governo Federal para abandonar o litígio do limite de votos (caso contrário, a Copel preferiráesperar para evitar problemas semelhantes com o BNDES); e (iv) finalmente, a revisão tarifária da distribuidora em junho de 2026, que aumentará o EBITDA consolidado em 26% em 2026 e 16% em 2027”.

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