O que tirar de lição do maior roubo de criptomoedas da história do mercado?

O mercado de criptomoedas amadureceu muito, e o que antes era o suficiente para abalar uma indústria inteira não faz mais cócegas. É o que dizem alguns especialistas do setor, após observarem a gestão de crise de grandes agentes após o maior roubo de criptomoedas da história, que aconteceu na Bybit sexta-feira passada.

Momentos após acontecer o roubo o CEO da Bybit, Ben Zhou, colocou a cara a tapa e transmitiu uma live ao público. Durante a live, explicou o que aconteceu, que o restante dos fundos estavam seguros e os próximos passos.

Em paralelo a isso, Zhou firmou parceria com a Arkham, empresa de análise onchain, para definir uma estratégia de localização, rastreio e recuperação dos fundos. Não obstante, outras exchanges também decidiram ajudar. Binance e Bitget enviaram empréstimos de Ether, bem como outras exchanges.

Gracy Cheng, CEO da Bitget, disse que os 40 mil ETH que a exchange enviou para a Bybit são todos fundos próprios da Bitget, e não dos clientes. Em resumo, estão emprestando para Bybit do próprio bolso.

“Embora esta perda seja significativa, representa apenas o lucro de um ano para eles. Estamos confiantes de que a plataforma continua forte e não há necessidade de pânico. Neste momento desafiador, também estamos ajudando ativamente no rastreamento e na investigação dos fundos roubados”, escreveu a CEO em seu X, antigo Twitter.

Inclusive, a Bybit também provou ter fundos para pagar clientes, e que aguenta um teste de estresse grande. Mais de 20 mil BTCs saíram da corretora após o hack, conforme apontou Cauê Oliveira, analista do BlockTrends PRO.

Bybit exchange roubo criptomoedas

“Este, inclusive, foi um volume de saques maior que o registrado no colapso da FTX”, observou. Apesar de demoras em alguns saques, a Exchange afirmou que nunca pausou a funcionalidade durante a crise.

Mercado amadureceu

Na visão de Guilherme Prado, que foi 3 anos country manager da Bybit no Brasil e atualmente está no mesmo cargo para a Bitget, tudo isso mostra o amadurecimento do mercado. Prado comenta ao BlockTrends que se tudo isso tivesse ocorrido alguns anos atrás, por exemplo, talvez teríamos um cenário totalmente diferente.

“É um sinal muito evidente de amadurecimento. FTX deixou algumas lições para os grandes players em cripto. Bybit passou na prova de fogo e passou. Não foi apenas um discurso de merk tree. Mas, a pergunta que não quer calar. Se houvesse ocorrido algo semelhante em algum banco? Será que seria capaz de ter um fundos 1:1 de clientes?”, questionou.

Nesta segunda, a corretora de criptomoedas Bybit anunciou que restaurou completamente suas reservas de Ethereum (ETH) após o recente ataque que resultou no roubo de US$ 1,4 bilhão.

O CEO da empresa, Ben Zhou, confirmou a informação em um post no dia 24 de fevereiro, declarando que a exchange em breve divulgará um relatório atualizado de prova de reservas para demonstrar que os ativos dos clientes estão novamente garantidos em uma proporção de 1:1.

A empresa de análise blockchain Lookonchain confirmou a informação, detalhando que a Bybit reabasteceu suas reservas por meio de compras no mercado over-the-counter (OTC), depósitos de grandes investidores e empréstimos de grandes plataformas como Binance, Bitget e HTX.

A Lookonchain informou que a Bybit comprou 157.660 ETH (aproximadamente US$ 437,8 milhões) de empresas como FalconX e Wintermute por meio de transações OTC. Além disso, adquiriu mais US$ 304 milhões em ETH de exchanges centralizadas e descentralizadas.

Quem elogiou a gestão de crise de Zhou após o roubo de criptomoedas foi Paolo Ardoino, CEO da Tether. Em uma postagem no X, o italiano admitiu que ficou surpreso positivamente com a gestão do CEO da Bybit.

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