Após queda nas ações, Nubank perde posto de banco mais valioso da América Latina

O Nubank deixou de ser o banco mais valioso da América Latina após uma forte queda em suas ações na última sexta-feira (21).

Com uma desvalorização superior a 15%, o valor de mercado da fintech recuou para US$ 51,6 bilhões (R$ 297,7 bilhões), enquanto o Itaú Unibanco assumiu a liderança no setor, alcançando US$ 52,9 bilhões (R$ 305,2 bilhões).

A mudança ocorreu menos de um ano depois de o Nubank superar o Itaú nesse ranking, impulsionada pelo crescimento acelerado da base de clientes e pelo aumento na oferta de serviços financeiros.

Resultados financeiros pressionam ações do Nubank

A desvalorização das ações do Nubank ocorreu após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. O banco registrou uma receita de quase US$ 3 bilhões no período, um crescimento de 28% na comparação anual.

O lucro líquido, porém, ficou em US$ 553 milhões, o mesmo do trimestre anterior, frustrando as expectativas do mercado.

Além disso, o mercado reagiu negativamente à queda na margem financeira líquida do banco, que passou de 18,4% para 17,7% no período.

Esse índice mede o quanto uma instituição consegue lucrar após cobrir suas despesas e, no caso do Nubank, a redução indica uma menor eficiência operacional diante do aumento de custos.

Expansão da base de clientes continua

Mesmo com a perda de valor de mercado, o Nubank segue ampliando sua base de clientes. No último trimestre de 2024, a fintech ultrapassou o Itaú em número de usuários, atingindo 100,8 milhões de contas ativas, contra 98,5 milhões do concorrente.

Com isso, tornou-se o terceiro maior banco do país nesse critério, ficando atrás apenas da Caixa Econômica Federal e do Bradesco.

A rápida expansão da carteira de clientes reforça a competitividade da fintech no setor financeiro.

As empresas mais valiosas da América Latina

Além da disputa entre Nubank e Itaú, outras companhias da América Latina figuram entre as mais valiosas da região. Veja o ranking atualizado:

• Mercado Livre – US$ 114,6 bilhões
• Petrobras – US$ 91,8 bilhões
• Itaú Unibanco – US$ 52,9 bilhões
• Nubank – US$ 51,6 bilhões
• Walmart de México – US$ 48,3 bilhões
• América Móvil – US$ 45,1 bilhões
• Vale – US$ 43,5 bilhões
• GMéxico – US$ 39,7 bilhões
• Weg – US$ 39 bilhões
• Fomento Econômico Mexicano – US$ 36,9 bilhões

A lista mostra o protagonismo de empresas dos setores financeiro, energético, varejista e industrial na economia latino-americana.

O desempenho dessas companhias continuará sendo monitorado pelo mercado nos próximos meses, em meio a um cenário de incertezas.

*Com informações de G1.

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