Mercado financeiro vive tensão histórica, alerta Haddad

O cenário econômico global entrou em uma fase de tensão sem precedentes, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante sua participação no CEO Conference Brasil 2025, promovido pelo BTG Pactual nesta terça-feira (25), o ministro destacou que o mercado financeiro brasileiro está enfrentando um ambiente mais desafiador do que em períodos anteriores.

Segundo Haddad, os fatores que aumentam essa tensão vão além das fronteiras nacionais. “O cenário externo é mais complexo, com foco em movimentos que vêm dos Estados Unidos”, afirmou o ministro. As políticas conduzidas pelo presidente americano Donald Trump estariam criando incertezas para as economias emergentes, como o Brasil, dificultando projeções e exigindo cautela por parte de investidores.

Por que o mercado financeiro está mais tenso agora?

O chefe da pasta econômica explicou que o atual cenário é marcado por uma falta de previsibilidade. De acordo com Haddad, a condução da política econômica dos Estados Unidos tem surpreendido os mercados, resultando em maior volatilidade nos ativos financeiros.

Essa falta de clareza, combinada com fatores geopolíticos e decisões monetárias globais, estaria forçando os investidores a adotarem uma postura mais cautelosa, com impacto direto em setores como a renda variável, o câmbio e as taxas de juros.

Impacto das políticas de Trump no Brasil

As ações do presidente americano, especialmente no campo das tarifas comerciais e da política monetária, estão criando um ambiente mais desafiador para o Brasil. O temor é que as decisões de Trump possam desestabilizar os fluxos internacionais de investimento, afetando diretamente países emergentes.

Para Haddad, a resposta do Brasil precisa ser estratégica. “Devemos focar em fortalecer nossos fundamentos internos para atravessar esse momento de incertezas globais”, destacou o ministro.

O que esperar do mercado nos próximos meses?

Analistas do setor financeiro apontam que, enquanto a política externa dos EUA continuar imprevisível, o Brasil deverá enfrentar um cenário volátil. A expectativa é de que os investidores mantenham uma postura defensiva, acompanhando de perto as decisões do Federal Reserve (Fed) e os próximos passos da política econômica de Trump.

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