Um dia laranja e triste

Família BibasReprodução

Hoje foi o dia que judeus de todo o mundo esperavam não viver – aquele em que a família Bibas enterrou Shiri e seus dois bebês, Ariel e Kfir, sequestrados por terroristas palestinos no dia 7 de outubro de 2023. Desde então, não havia notícias de seu destino.

Há cerca de duas semanas, nos foi confirmado que eles estavam mortos. O Hamas alegou que foi em resultado de bombardeios israelenses, mas as autópsias demonstraram que os bebês foram mortos pelos algozes com suas próprias mãos e, depois, seus corpos foram mutilados para simular o resultado de uma explosão. O motivo da morte de Shiri não foi divulgado ao público até agora.

 As ruas do trajeto para o cemitério da cidade de Rishon Letzion, onde os três foram enterrados, estavam tomadas por dezenas de milhares de israelenses. Vestidos de laranja, com bandeiras da mesma cor – que se tornou símbolo dos dois bebês ruivinhos – ou de Israel, prestaram sua última homenagem a uma família que foi acompanhada de perto desde o dia de seu sequestro e de outras centenas de israelenses (251, no total).

Grande parte da população e a própria família manteve até a semana passada a esperança de vê-los voltarem com vida. Também os pais de Shiri foram assassinados no dia da invasão, em suas próprias casas.

Yarden, pai da família Bibas, sequestrado, sobreviveu a mais de 500 dias de cativeiro e foi libertado no dia 1 de fevereiro. Ele inicialmente pediu que todos mantivessem silêncio e distância da família; depois da confirmação das mortes, pediu que  divulgassem o assassinato cruel. Foram criadas dezenas de imagens e memes que rapidamente espalharam-se pelas mídias sociais.

Imagens como essas circularam na mídia social hoje em lembrança à família Bibas.Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Mileu, prestou uma emocionada homenagem aos Bibas. Decretou dois dias de luto oficial (a família tem origem argentina, peruana e alemã) e projetou sua imagem no obelisco que é um dos cartões postais de Buenos Aires. Hoje, 15 mil pessoas saíram em passeata na cidade para homenageá-los e protestar por seu assassinato a sangue frio.

Quinze mil pessoas saíram às ruas em Buenos Aires.

Já israelenses e judeus de todo o mundo estão absolutamente desolados. Os dois bebês ruivinhos, que se tornaram um símbolo da crueldade do Hamas e dessa guerra, não voltarão para suas casas com sua mãe: uma parte de nossos corações foi hoje enterrada com eles. 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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