Demanda por carga aérea cresce 3,2% em Janeiro, mas setor mantém cautela

Na primeira quinzena de julho, a TAAG aumentou a frequência semanal dos voos de carga na rota de Luanda, para as cidades de Lagos, Brazzaville e Joanesburgo (Divulgação/TAAG)

Setor cresce, mas mantém cautela nos próximos meses (Divulgação/TAAG)

A demanda global por transporte aéreo de carga registrou um crescimento de 3,2% em janeiro de 2025 na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA). Esse foi o 18º mês consecutivo de alta, mas o ritmo desacelerou em relação aos recordes de dois dígitos observados em 2024.

A capacidade disponível aumentou 6,8% na mesma base de comparação, impulsionada pelo crescimento do comércio global e pela redução dos custos de combustível. No entanto, os yields tiveram queda de 9,9% em relação a dezembro, refletindo uma leve retração nas taxas de ocupação.

“A carga aérea segue em crescimento, mas precisamos ficar atentos às condições do mercado, especialmente diante das incertezas econômicas e políticas, como as possíveis tarifas comerciais da administração Trump”, avaliou Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Desempenho Regional

A América Latina liderou o crescimento, com alta de 11,2% na demanda, seguida pelo Oriente Médio (+8,4%) e Ásia-Pacífico (+7,5%). A América do Norte registrou alta de 5,3%, enquanto a Europa teve avanço mais modesto, de 1,3%. A única região com retração foi a África, que viu a demanda cair 3,4%.

No cenário das rotas comerciais, o destaque foi a América do Norte-Europa, com crescimento de 9,7%, enquanto a rota África-Ásia sofreu a maior queda, com retração de 26,1%.

Apesar da desaceleração, a IATA destaca que a tendência de crescimento segue positiva, impulsionada pelo avanço do comércio eletrônico e pela recuperação da produção industrial global.

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