Entenda o trabalho de Gleisi na articulação do governo Lula

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28/2). Com isso, a deputada pelo Paraná assumirá a liderança da articulação política do terceiro mandato do petista.

A posse de Gleisi está prevista para 10 de março, mesmo dia em que Alexandre Padilha, que deixa a SRI, deverá reassumir o Ministério da Saúde, posto que ocupou durante o governo de Dilma Rousseff.

Gleisi Hoffmann assume a articulação política do governo em um momento delicado, quando a aprovação da gestão petista tem acumulado queda e o Palácio do Planalto estuda medidas para reverter o cenário.


Entenda

  • Gleisi Hoffmann foi convidada por Lula para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Posse está prevista para 10 de março.
  • SRI coordena a articulação política do governo, fazendo o diálogo entre o Executivo, o Congresso Nacional e governos estaduais e municipais, além do Judiciário.
  • Gleisi assume em um momento de queda na aprovação do governo, com a última pesquisa Datafolha apontando que apenas 24% dos entrevistados avaliam a gestão como ótima ou boa, contra 35% em dezembro.

Entenda o papel da SRI

A Secretaria de Relações Institucionais é responsável por coordenar a articulação política do governo, com o intuito facilitar a comunicação entre o Executivo com o Congresso Nacional, governos estaduais e municipais.

A pasta também tem como objetivo monitorar a tramitação de propostas de interesse do governo no Legislativo, assim como trabalhar na formulação de estratégias legislativas para facilitar o trâmite das matérias, com diálogo com líderes partidários.

Aprovação em queda

A deputada pelo Paraná irá assumir a SRI em um momento delicado, quando a aprovação do governo tem registrado seguidas quedas. A última pesquisa Datafolha, divulgada em fevereiro, mostrou que 24% dos entrevistados consideram a terceira gestão do petista como ótima ou boa, esse percentual era de 35% em dezembro.

O presidente Lula, no entanto, pontuou que as pesquisas são objeto de estudo e não são levadas tão a sério pela gestão dele. Mesmo assim, o governo tem trabalhado em cima de propostas que buscam reverter este cenário de desaprovação.

“Quem me conhece sabe que eu nunca levei definitivamente a sério qualquer pesquisa feita em qualquer momento. Uma pesquisa serve para você estudar, para você saber se você tem que mudar de comportamento, para você saber se tem que mudar de ação, é isso que eu faço”, disse Lula.

Na atual conjuntura, o Palácio do Planalto tem discutido medidas consideradas mais populares, uma forma de conseguir manter a governabilidade de Lula e também de olho na reeleição do petista em 2026.

Uma das principais apostas é a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. A medida foi anunciada no final do ano passado, mas ainda não foi entregue ao Congresso Nacional.

Nesta semana, o governo também informou que irá mudar pontos do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A mudança deve ser apresentada por meio de uma medida provisória nesta sexta, mas deverá passar pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.