Governo Lula afunda e PT vira ‘gato molhado’ na tempestade fiscal, diz economista

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A recente queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode levar a um aumento de medidas populistas e de maior risco fiscal, segundo análise do economista VanDyck Silveira em entrevista à BM&C News. O especialista destacou que a deterioração da aprovação do governo, inclusive em redutos eleitorais tradicionalmente favoráveis a Lula, está diretamente relacionada ao impacto da inflação e da falta de controle fiscal.

Inflação: o “ácido” que corrói a popularidade de Lula

Silveira enfatizou que a inflação é o principal fator que pode prejudicar a imagem de um governante. “O veneno que derrete a aprovação de um presidente é a inflação“, afirmou. Segundo o economista, a incapacidade do governo em conter os gastos e adotar uma postura mais austera nas contas públicas pode acelerar ainda mais a alta de preços e prejudicar a economia.

Silveira projetou que a inflação deste ano pode ultrapassar os 7%, enquanto em 2026 pode atingir a casa dos dois dígitos, superando 10%. “Se o presidente insistir em dobrar a aposta populista e continuar gastando de forma descontrolada, a inflação vai explodir“, alertou.

O impacto da gestão de Lula e a ausência de quadros qualificados

Na visão do economista, um dos problemas centrais do governo é a forma como Lula conduz a administração. “O problema é o Lula“, criticou. Segundo ele, o presidente não tem um discurso estruturado, improvisa em suas falas e comete gafes que geram insegurança no mercado. Além disso, Silveira destacou que o petista “se cercou de incompetentes” e não construiu um governo de coalizão, afastando setores importantes do Congresso Nacional.

Ele também ressaltou a falta de representatividade e quadros técnicos no governo. “Se você se cerca de pessoas sem conhecimento técnico e apenas de aliados políticos, a governabilidade fica comprometida“, avaliou.

Necessidade de ajuste na política econômica

Para VanDyck Silveira, a solução para evitar uma crise econômica mais severa passa por uma mudança de diretriz na política fiscal. “Ou o presidente acorda para a questão fiscal ou ele vai aprofundar a crise“, alertou. Ele defendeu um ajuste nas contas do governo e criticou o aumento de ministérios e a falta de uma política econômica estruturada para conter a inflação e garantir previsibilidade ao mercado.

O economista também analisou a taxa de juros, afirmando que, com a atual conjuntura, a Selic deveria estar entre 16,5% e 17% para conter o avanço da inflação. No entanto, ele ponderou que o Banco Central dificilmente elevará os juros para esses patamares, o que pode resultar em um cenário de pressão inflacionária ainda maior nos próximos anos.

O que esperar

A queda na popularidade de Lula, associada à inflação e a um descontrole fiscal, pode aumentar o risco de medidas populistas que comprometam ainda mais o equilíbrio econômico do país. Para Silveira, sem uma mudança de postura e um ajuste fiscal efetivo, o governo enfrentará desafios crescentes, com uma economia cada vez mais fragilizada e um ambiente político instável.

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