Protegidos busca solução para desfilar em Porto Alegre

A possibilidade da Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel não conseguir recursos para desfilar no Carnaval de Porto Alegre é uma preocupação para a presidência da agremiação.

“Sei que o problema é o decreto que impede, mas estou esperando outra solução do Município”, explica a presidente da escola, Lana Flores, que conversou com o prefeito Gustavo Finck na manhã de quarta-feira (26).

Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel  | abc+



Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel

Foto: Leonardo Rosa/Divulgação

Na quinta-feira, no entanto, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, informou à reportagem que não fornecerá os recursos pleiteados por conta do decreto de calamidade pública que vigora desde o ano passado.

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Lana esclarece que a escola não vive somente do dinheiro público da Prefeitura. A escola tem outros recursos, provindos de projetos sociais, verba parlamentar de deputados e de vereadores, da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre. “O menor valor é de Novo Hamburgo”, frisa.

A presidente da Protegidos explica que R$ 400 mil foram investidos e há uma dívida de R$ 50 mil para desfilar, valor que era esperado do Município, mas que foi descartado com a prorrogação do decreto de calamidade pública. Medida que também afetou os desfiles de carnaval no Município.

“Estamos devendo R$ 50 mil para poder desfilar, cujos prazos de pagamento estão passando e, com isso, a escola vai se endividando cada vez mais”, frisa. Desde dezembro, a Protegidos vem buscando ajuda com empresas. 

Os R$ 50 mil seriam usados para o pagamento das costureiras de ateliês que desenvolvem as fantasias das alas, de profissionais que construíram o barracão das alegorias e dos carros alegóricos, de ferro para alegorias, de tecidos nas lojas, de material gráfico para o desfile e do samba.

Segundo Lana, tudo foi negociado com prazo que está se encerrando. “Acabamos perdendo a dignidade e a confiança as relações que formamos. Cada dia que fica sem solução, aumenta a dívida”, acrescenta.

“Há colaboradores trabalhando de graça, estamos renegociando dívidas com profissionais e pedindo ajuda da comunidade para que ajudem na construção das suas fantasias, mas nada vai superar esta falta de recurso”, detalha.

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O que diz a Prefeitura 

Por meio de nota, A Prefeitura de Novo Hamburgo diz que “reconhece a importância do segmento carnavalesco para o Município. Entretanto, neste ano, não será possível fornecer os recursos pleiteados pela Escola de Samba Protegidos para desfilar no Carnaval de Porto Alegre, em virtude do decreto de calamidade pública que vigora desde o ano passado.

Além disso, há lei municipal que proíbe o apoio e a realização de eventos por parte do Poder Público durante a vigência do decreto.

É importante salientar que não apenas o Carnaval é afetado pela medida, mas também há outros setores culturais da cidade que são impactados.

No momento, a gestão trabalha para reorganizar as contas de Novo Hamburgo e ao retomar o equilíbrio financeiro, os investimentos no setor cultural serão retomados”.

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