Banco do Brasil adota postura cautelosa em meio a incertezas econômicas

O Banco do Brasil despertou a atenção do mercado ao elevar suas provisões para devedores duvidosos (PDD), alcançando a marca de R$ 41,9 bilhões. Esta decisão, tomada em fevereiro de 2025, contrasta com a abordagem adotada por outros grandes bancos nacionais.

Enquanto instituições como Bradesco, Santander e Itaú Unibanco optaram por reduzir suas provisões, o Banco do Brasil escolheu um caminho mais conservador.

O aumento reflete uma cautela diante dos riscos de inadimplência, especialmente no agronegócio. O setor agrícola, fundamental para a economia brasileira, enfrentou um aumento expressivo de 529% nos pedidos de recuperação judicial em 2024.

Este cenário adverso é agravado pela alta da Selic e pelo bloqueio do Plano Safra.

A crise no agronegócio e otimismo no mercado

O agronegócio, um dos pilares da economia nacional, tem gerado preocupações no setor financeiro devido às dificuldades econômicas.

O aumento nos pedidos de recuperação judicial é um indicativo claro dos desafios enfrentados por empresas agrícolas, pressionando instituições financeiras a adotarem medidas preventivas.

Apesar das dificuldades, há sinais de otimismo no mercado financeiro. Uma pesquisa do Bank of America revelou a confiança dos gestores de fundos no desempenho do Ibovespa, projetando um crescimento para 130 mil pontos.

A expectativa em relação ao dólar também melhorou, com previsões de desvalorização da moeda até o final do ano.

Situação varia em diferentes setores

O varejo brasileiro, por outro lado, enfrenta previsões desanimadoras para o trimestre entre fevereiro e abril de 2025. Dados da Ibevar-FIA Business School indicam uma queda de 2,86% nas vendas.

No entanto, setores como alimentos e supermercados devem apresentar crescimento, sinalizando oportunidades em meio às dificuldades econômicas.

Inovações do BC com o Pix

Nesse meio tempo, o Banco Central do Brasil prepara o lançamento de uma nova funcionalidade do Pix para permitir pagamentos por aproximação. A previsão é que esta inovação esteja disponível em todo o país até fevereiro de 2025, promovendo ainda mais a inclusão e a eficiência financeiras.

A ideia é promover ainda mais a ferramenta de pagamentos, ampliando a inclusão e a acessibilidade para os usuários, além da eficiência das transações.

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