Exclusivo: “Uma cachaça”, diz Adnet sobre relação com o Carnaval

Marcelo Adnet já compôs samba-enredo para a São Clemente e, na sexta-feira de Carnaval (28/2), estreou na Marquês de Sapucaí como membro da diretoria da escola Botafogo Samba Clube. Em conversa exclusiva com a coluna, o humorista falou sua relação com o Carnaval e ainda opinou sobre o fim dos programas de humor nas televisões.

“[A relação com o Carnaval] começou na infância quando meus pais me trouxeram na Sapucaí, em 87, para assistir aos desfiles. Então, fiquei apaixonado por Carnaval e era aquela criança que ficava dando nota na revista para todas as escolas e assistia todos os desfiles até tarde”, recordou.

Estreia como compositor

Ainda durante o bate-papo, ele lembrou da vontade de escrever um samba e o medo que sentiu: “Meu sonho sempre foi fazer samba, mas nunca tive coragem de botar um para concorrer. Até 2019, quando concorri na São Clemente e meu samba ganhou. Aí, as pessoas me disseram ‘cara, você nunca mais vai larga isso aqui porque é uma cachaça’. No bom sentido, é uma coisa que é prazerosa. O prazer do Carnaval é a emoção. Por isso que estou aqui, no quinto ano de Botafogo Samba Clube e de São Clemente”, contou.

Em seguida, Marcelo Adnet falou sobre a cultura de misturar Carnaval com futebol: “A minha grande questão é que o samba ensine o futebol em termos de respeito, tolerância e inclusão. No samba, você nunca xinga ou vaia seu concorrente, você aplaude, admira o trabalho dele”, definiu.

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Marcelo Adnet no programa Central da Copa

Marcelo Adnet é responsável pelo samba-enredo da Mocidade  Independente de Padre Miguel em 2024
Adnet imita Galvão narrando depoimento de  Eduardo Pazuello na CPI da Covid
Marcelo Adnet imita Galvão Bueno
Marcelo Adnet deve apostar em suas imitações hilárias para conquistar os telescpectadores da cobertura do Oscar
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Marcelo Adnet imita Silvio Santos no Central da Copa – Metrópoles

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Marcelo Adnet no programa Central da Copa

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Marcelo Adnet é responsável pelo samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel em 2024

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Adnet imita Galvão narrando depoimento de Eduardo Pazuello na CPI da Covid

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Marcelo Adnet imita Galvão Bueno

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Marcelo Adnet deve apostar em suas imitações hilárias para conquistar os telescpectadores da cobertura do Oscar

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E cutucou até o colega de emissora

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Marcelo Adnet no papel de Rolando Lero

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Recentemente, Adnet foi acusado de dublar Bolsonaro em reunião ministerial de verdade

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Ele é o rei da imitação

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Fim dos humorísticos

Questionado se o fim dos programas humorísticos está relacionado ao escândalo envolvendo as denúncias de assédio contra o ex-colega, Marcius Melhem, o ator foi categórico.

“É uma crise no humor em geral. O humor foi espremido e ele saiu da TV aberta. Você vê que grandes emissoras, como a Globo e a Record, não têm mais um programa de humor para chamar de seu. Os humorista acabam fazendo outras funções, como Eduardo Sterblitch, que faz dramaturgia”, pontuou, antes de elogiar o amigo:

“Ele é um gênio, é bom pra cacete. Mas você tem razão, tem uma crise no humor. O gênero em si precisa reinventar seu espaço, é uma coisa que vai demorar alguns anos, ao meu entender.
Há um esvaziamento do gênero”, opinou.

Relato sobre a TV Globo

Logo depois, o humorista revelou se achava que a falência do núcleo de humor da TV Globo, especificamente, estava relacionada com o caso de Marcius Melhem. Mais uma vez, ele analisou.

“A princípio, penso que não. O fenômeno do humor saiu da mídia, é uma coisa maior do que o Melhem. O humor, como gênero em si, precisa de um renascimento. Acho que esse renascimento vai vir nos próximos anos, mas a gente vai ter que esperar um pouco. Sinto muita falta do humor na TV aberta. Era muito legal quando o brasileiro esperava aquela terça-feira para assistir ao Casseta e Planeta na televisão. O Brasil merece esse tipo de humor de volta”, ponderou.

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