Smart dog: cão-robô da GCM vai vigiar megablocos do Carnaval de SP

São Paulo – Foliões que estiverem curtindo o Carnaval em nos megablocos de São Paulo ou no sambódromo do Anhembi poderão se deparar com uma figura inusitada: um cão-robô policial.

Equipado com câmeras de alta resolução, o Smart Dog, da Guarda Civil Metropolitana, é parte do aparato de vigilância da prefeitura durante o evento. As imagens registradas pelo equipamento são transmitidas em tempo real para a central do Smart Sampa, o sistema de câmeras inteligentes com reconhecimento facial da GCM.

“As câmeras acopladas no robô permitem a localização de pessoas desaparecidas e foragidas da Justiça, sendo um parceiro essencial na segurança dos participantes do evento”, informou a gestão municipal.

Smart dog: cão-robô da GCM vai vigiar megablocos do Carnaval de SP
Cão-robô é capaz de identificar foragidos e flagrar crimes em meio à multidão

O cão-robô vai atuar no monitoramento do fluxo de pessoas na Rua da Consolação, Praça da República, Rua Henrique Schaumann, no Parque do Ibirapuera e no Sambódromo do Anhembi.

O Smart Dog já foi usado em outros grandes eventos como o jogo da NFL que ocorreu na Neo Química Arena, o Grande Prêmio da Fórmula 1 e o Réveillon na Avenida Paulista. Fabricado pela empresa chinesa Unitree, ele pesa cerca de 15 quilos e tem 70 centímetros de comprimento. A bateria tem duas horas de autonomia.

Segundo a Secretaria de Segurança Urbana, a operação do cão-robô é no modelo de Prova de Conceito (POC), com prazo de 12 meses, contados a partir de agosto do ano passado, quando foi adquirido. “Não há custos adicionais para o Smart Sampa. Após o término da POC, será elaborado um relatório para avaliar a efetividade e o custo-benefício”, informou a pasta.

Outros cinco modelos do Smart Dog estão em processo de compra pela prefeitura.

Ao todo, são esperados 16 milhões de pessoas nas ruas ao longo dos três finais de semana da folia de rua em São Paulo, contando o pré e o pós Carnaval.

Vigilância no Carnaval

Além do cão-robô, 365 câmeras com leitura facial e 20 drones estarão espalhados pelos megablocos.

A utilização das câmeras inteligentes para o monitoramento do Carnaval gerou polêmica ao longo da última semana, após três defensoras públicas enviar um ofício à prefeitura solicitando o não uso do Smart Sampa durante o evento.

No ofício, a Defensoria solicita que a tecnologia não seja usada para perfilar e identificar pessoas que estão participando pacificamente de blocos, uma vez que essas práticas seriam “discriminatórias e inconsistentes” com a garantia de manifestações pacíficas.

O pedido gerou críticas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e de políticos de sua base na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de São Paulo.

“É inadmissível que um órgão público cogite impedir, no Carnaval, o funcionamento de um sistema que há meses tem levado à prisão milhares de bandidos. A Defensoria precisa explicar por qual razão quer que a população fique privada desse instrumento de segurança”, afirmou a gestão Nunes em nota.

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