Gramado e Canela recebem filmagens de longa-metragem independente; produção deve ser lançada neste ano

 Um filme que promete suspense, ação e ficção. A obra independente Zequinoxx tem como cenário Gramado e Canela e promete explorar os limites entre realidade e ilusão. O longa-metragem tem direção, roteiro e produção dos moradores gramadenses, Gustavo Melo e Enrico Peccin.

ENTRE PARA A COMUNIDADE DO JORNAL DE GRAMADO NO WHATSAPP!

Os locais filmados, claro, foram estabelecimentos, parques e áreas públicas das duas cidades. E foram rápidas as gravações: iniciaram no dia 25 de janeiro e encerraram na primeira semana de fevereiro, passando por locações como Hotel Luzzy, Estrada do Caracol, Estrada do Laje de Pedra, Belvedere, Oásis Santa Ângela, Darte Multiarte e V Habitat Criativo.

Com influências de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, tanto na narrativa quanto na estética, ainda presta homenagens a Stanley Kubrick, recriando cenas icônicas de O Iluminado, da década de 1980, além de referências ao clássico videoclipe Heart-Shaped Box, do Nirvana.

Onda de calor requer cuidados com infecções alimentares e viroses; veja dicas e cuidados

Valorização local

O destaque da produção fica por conta da equipe e elenco, que são quase 100% da região. A exceção fica por conta de Thai Ribeiro Amora, atriz principal que interpreta Natasha, e Pedro Barbosa, ator coadjuvante que dá vida ao Dr. Palmeira.

“Conseguimos fazer um filme com equipe daqui, o que tornou tudo mais fácil. Fizemos milagre, conseguimos fazer a produção em 15 dias. Trabalhamos 12, 14 horas por dia”, conta Peccin.

De redator à ator

Conforme Enrico, a ideia do filme era ter sido filmado em maio de 2024, contudo, veio a catástrofe climática, que impediu o andamento na época. Para o gramadense, o longa trouxe um desafio a mais para ele, visto que, além de todos os papeis que ocupa nos bastidores, também assumiu o cargo de personagem principal.

Calorão prossegue em Gramado; sensação térmica pode passar dos 35°C

“Foi dureza. Já tinha atuado em papeis menores em outros filmes, mas ser o protagonista é diferente. Como sei como funciona a produção, eu penso em cenas plausíveis, no que é possível, e isso reflete na atuação”, diz Enrico.

A escolha por ele próprio para fazer o papel foi a partir de dificuldades em encontrar um artista que se conectasse com temas como saúde mental, padrões estéticos e, claro, que unisse romance. “Eu queria escrever uma história de amor, mas que não fosse apenas isso, que trouxesse outros assuntos à tona”, coloca o roteirista.

Sobre o filme

O thriller psicológico acompanha Luciano, um homem lidando com questões de saúde mental e isolamento, que se apaixona por Natasha, mas só consegue vê-la quando toma Zequinox, um remédio experimental que promete transformar suas alucinações em imagens reais.

Centro de Triagem de Animais Silvestres deverá inaugurar nos próximos meses em Gramado

“Ele escuta algumas coisas e sofre um acidente, em que as pessoas pensam que ele tentou se matar. E aí o psiquiatra no hospital fala sobre esse medicamento em fase de testes e diz que vai conseguir visualizar essas vozes que ouve. E aí, ao ir num barzinho, ele encontra uma dessas vozes”, conta.

“Ideia principal é tentar vender para o streaming”

A primeira obra de Enrico foi um drama, chamado Atena. “Escrevo roteiros desde 2016. O primeiro filme que fiz foi um roteiro policial, com ação, com a Mel Lisboa e Thiago Fragoso, todo filmado em Gramado, mas com uma equipe do Brasil todo. Foi um filme que foi para vários festivais, ganhamos prêmios e indicado para um em Los Angeles”, conta Enrico.

A intenção deste terceiro filme é estrear ainda neste ano. A partir de agora, a equipe trabalhará no pós-produção. “Tem efeitos sonoros, trilhas, coisas que fazem demorar um pouco mais. Mas esperamos que até a metade do ano esteja pronto. O intuito é lançar no máximo no fim do ano”, diz Enrico Peccin.

“Crianças em ônibus errado e com medo de ir para escola”: problemas no transporte escolar preocupam pais em Gramado

A equipe também deseja que o longa-metragem possa ser visto pelo máximo de pessoas. “A ideia principal é tentar vender para o streaming, estamos esperando a melhor hora, o mercado prevê que 2025 seja o ano da retomada do cinema mundial, não apenas aqui.”