Por que a onda de calor já dura tantos dias? Entenda o que fez os termômetros subirem no RS

Parece não ter fim. O calor não dá trégua e, pelo contrário, se intensificou nos últimos dias no Rio Grande do Sul. O motivo é uma onda de calor, que trouxe máxima de 40,5°C na cidade gaúcha de Santiago na segunda-feira (3), a temperatura mais alta de ontem no Brasil. O fenômeno já está na sua segunda semana e seguirá até o próximo sábado (8).

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Por que a onda de calor já dura tantos dias? Entenda o que fez os termômetros subirem no RS

Foto: Paulo Pires/GES

A terça-feira (4) será mais um dia de altas temperaturas, com marcas acima dos 35ºC em grande parte do território gaúcho. O calor aumenta em pontos do Centro, do Noroeste e do Oeste do Estado, com marcas à tarde de 40°C a 41°C. Em Porto Alegre, a máxima pode chegar a 38°C. De acordo com a MetSul Meteorologia, até o fim de semana são esperadas máximas perto, ao redor ou acima de 40ºC no RS. 

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A MetSul explica que ondas de calor são comuns nesta época do ano. O que está por trás da atual é um bloqueio atmosférico, que afeta uma enorme área do território brasileiro. “Uma grande alta pressão atua na costa do Brasil e inibe a ocorrência de chuva no Sul, no Sudeste, em áreas mais ao Leste do Centro-Oeste e em parte do Sudeste. Com muitos dias seguidos de tempo firme, a temperatura se mantém muito alta por um período bastante longo”, diz a MetSul.

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Esse bloqueio atmosférico traz um padrão de chuva abaixo da média e de temperatura acima da média. Ele é causado por uma condição chamada de Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS), que é um sistema de alta pressão atmosférica localizado sobre o Atlântico Sul, próximo à costa do Brasil. “A ASAS é caracterizada por uma circulação de ventos no sentido anti-horário, gerando subsidência (movimento descendente do ar), o que inibe a formação de nuvens e chuvas na maior parte das áreas sob sua influência”, destaca a MetSul. 

Chuva que deveria chegar ao RS, vai para Argentina e Uruguai

Segundo a MetSul, devido a condição atual, a umidade amazônica é impedida de avançar para o Sul e para o Sudeste do Brasil. Assim, ela avança pelo interior da América do Sul de Norte para Sul até o Centro da Argentina e parte do Uruguai. Nestas áreas, nos últimos dias foi registrada chuva excessiva. Os acumulados em partes do Centro da Argentina passam de 300 mm. 

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