Voyeurismo lidera como fetiche preferido no DF, segundo pesquisa

Imagina um funcionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tocando sua campainha ou interfone e te perguntando qual o seu maior fetiche. Parece loucura, mas uma pesquisa feita pela plataforma Sexlog destacou os principais desejos sexuais de alguns brasileiros divididos por estados. O “censo” também revelou variações no interesse por diferentes fetiches dependendo da região.

Em São Paulo, por exemplo, os fetiches mais procurados foram sexo anal (69,6%), orgia (44,65%), cuckold (41%), voyeurismo (39%) e dupla penetração (35,6%). Já no Distrito Federal, os campões de “audiência” são voyeurismo (46%), orgia (44,7%), cuckold (39,9%) e dupla penetração (37,7%).

Em Minas Gerais, o fetiche do gangbang teve maior destaque, com 37,2% de interesse, enquanto no Espírito Santo, a orgia ficou com 51,2% de popularidade.

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Kink é o nome dado ao sexo que foge do que é considerado "normal" pela sociedade

Os fetiches podem variar dos mais leves aos mais extremos
Fetiches podem ser práticas sexuais normais, desde que praticadas com consentimento e segurança, sem causar sofrimento a ninguém
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No repertório sexual das pessoas mundo afora, existem os mais variados fetiches

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Kink é o nome dado ao sexo que foge do que é considerado “normal” pela sociedade

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Os fetiches podem variar dos mais leves aos mais extremos

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Fetiches podem ser práticas sexuais normais, desde que praticadas com consentimento e segurança, sem causar sofrimento a ninguém

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Entre as regiões, o Centro-Oeste tem se destacado como uma área de crescente diversidade e liberdade sexual dentro do Sexlog. Além do DF, estados como Mato Grosso e Goiás tiveram como maior fetiche a orgia.

Intenso desejo sexual

A ginecologista Rebeca Filgueiras destaca, em entrevista à coluna Pouca Vergonha, que o fetiche é o que desperta no outro um intenso desejo sexual. “Ele pode ser de origem psicológica, antropológica ou cultural, algo que desperte um comportamento que traga prazer em atividades diversas.”

A profissional afirma que explorar a sexualidade de forma saudável, com fetiches, é essencial para a autodescoberta. “A sexualidade humana é extensa e temos que entender que as pessoas têm diferentes preferências ou desejos sexuais. Tudo é válido, a curiosidade, o desejo, um objeto, uma parte do corpo ou situação.”

Mas, nem por isso, os fetiches devem ser feitos sem cuidado. Rebeca esclarece que a prática de um fetiche tem que ser de maneira consensual e não pode ultrapassar os limites das partes envolvidas.

A especialista ainda salienta que tudo pode interferir na escolha de fetiches, como a religião, a cultura, questões sociais e morais. “O Brasil é um país muito grande com uma pluralidade muito diferente de uma região para outra. A forma de se comportar, de se vestir, lugares que frequentam, a cultura são pontos que vão moldando um indivíduo.”

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