Disputa no tiro de laço marca o primeiro dia de atrações do Rodeio Nacional de Campo Bom

A 45ª edição do Rodeio Nacional de Campo Bom começou nesta quarta-feira (5), no Parque do Trabalhador, reunindo amantes da cultura gaúcha em uma programação que segue até domingo (9). Considerado um dos maiores eventos tradicionalistas do Rio Grande do Sul, o rodeio deve atrair milhares de visitantes para acompanhar competições campeiras e artísticas, além de shows e atrações para todas as idades.

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Prova de laço que dará m carro 0km ao vencedor no Rodeio de Campo Bom | abc+



Prova de laço que dará m carro 0km ao vencedor no Rodeio de Campo Bom

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

A primeira competição começou cedo, a partir das 8 horas, onde mais de 130 ginetes competiram na Taça Individual pelo prêmio de um carro 0 km na Força A, e R$ 20 mil na Força B. O patrão do CTG Campo Verde, Cassiano Vargas, explicou que essa é uma das provas mais tradicionais do rodeio, e que atrai laçadores de diversas partes do Brasil. “O competidor tem que atirar 10 armadas e acertar todas para continuar. Depois começam as eliminatórias, em que quem errar está fora, até sobrar o campeão”, explica.

Cada competidor tem da porteira até 100 metros na pista para laçar o boi pelos chifres sem pegar no pescoço do animal. “Também não pode as patas, o corpo, nada além dos chifres”, acrescenta Vargas.

Laço vem de família

Entre os participantes, duas mulheres desafiaram a predominância masculina na competição. Ariane Soares, de 27 anos e natural de Triunfo, representa o Haras João e Maria, do Mato Grosso do Sul. “O laço vem do trabalho do campo, de toda a minha família que laça. E esse ano deu certo para vir nesse rodeio magnífico. É muito bom estar aqui representando o pessoal do Mato Grosso do Sul.” Já Maria Eduarda Kremer, de 24 anos, também de Triunfo, destacou a emoção de avançar na disputa: “A expectativa é muito grande. Hoje deu certo de classificar. Somente agradecer a Deus e ver como vai ser no final”, conclui.

Já entre os laçadores homens, a tradição e a dedicação também marcaram presença. Cristian Gomes, conhecido como Kaco, laça pelo CTG Campo Verde desde os cinco anos de idade. “Eu comecei em 1992 e sempre lacei por essa entidade. É um prazer estar buscando esse carro, que é quase inédito nos rodeios, porque normalmente é dinheiro, outros prêmios.”

Guilherme Teixeira, natural de São Francisco de Paula e morador de Canoas, é mais um que tem nas veias o sangue de ginete. “Comecei por incentivo de amigos e familiares. Meu irmão laça e peguei gosto desde pequeno. Faz quase 20 anos que eu laço e depois que comecei, nunca mais parei. É uma laçada que exige bastante concentração e treino”, afirma.

Emoção à parte

Se nas pistas os ginetes são as grandes estrelas, nos microfones também estão uma atração a parte que não pode ficar de fora. É na figura do locutor que cai a responsabilidade de transmitir ao público tudo o que acontece durante as armadas. No caso do Rodeio Nacional de Campo Bom, o trabalho fica a cargo de Gustavo Curtinaz, de 43 anos, que narra rodeios há 24.

Locutor do Rodeio, Gustavo Curtinaz | abc+



Locutor do Rodeio, Gustavo Curtinaz

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

“O locutor transmite as emoções que acontecem, mas são os competidores os verdadeiros artistas. Nós, com palavras, tentamos transmitir o que acontece dentro da pista. Temos uma amizade com muitos laçadores, conhecemos a história de muitos, então a gente tenta transmitir ao público que está nos acompanhando a história daquele laçador. É em palavras que a gente passa essa emoção da pista de corrida”, define.

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