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    AGÊNCIA JF | Social - Repositório

Colheita de azeitonas pode crescer quase 100% na safra de 2025 em Gramado

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Mais de 12,6 mil pés, 29 hectares de plantação e seis espécies de azeitonas. O Olivas de Gramado, empreendimento olivicultor e turístico do interior do município, iniciou a colheita da safra 2025 de suas oliveiras.

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Triagem das azeitonas é feita de forma manual



Triagem das azeitonas é feita de forma manual

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Este é o quinto ano que o parque realiza a colheita. Espera-se que chegue a 20 toneladas de olivas colhidas – quase o dobro do ano passado, quando foram 12 toneladas.

“Esperamos que nos próximos cinco a oito anos, a gente triplique a produtividade”, revela o mestre lagareiro e sócio-proprietário do Olivas, André Bertolucci.

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Blend

O resultado da colheita se reflete em um produto exclusivo. As diferentes varietais se juntam em proporções distintas, em um blend denominado terroir serrano.

Neste ano, o azeite de oliva da safra será diferenciado, em comparação com o ano passado. “Toda essa questão climática afetou, até as queimadas da Amazônia afetaram a polinização. Choveu, caiu a fuligem na flor e impediu que o pólen fosse acessado. Depois tivemos muita chuva novamente, e a floração é um período muito sensível”, diz.

“Outras varietais, a Arbequina, que é espanhola e utilizada de base de blend, deu mais que ano passado. Entretanto, este ano não produziu Manzanilla e Ascolana, que tínhamos no nosso blend. Já a Koroneiki estourou”, aponta.

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André Bertolucci é o mestre lagareiro do empreendimento



André Bertolucci é o mestre lagareiro do empreendimento

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Cada espécie tem o seu perfil sensorial. E isso se soma com a curva de maturação e características do terroir – PH do solo, altitude, quantidade de chuvas. Enquanto a Arbequina é mais suave e delicada, com notas amendoadas, a Picual tem picância, amargor, notas de alcachofra e até de maçã verde. “Nosso azeite é por natureza um frutado mais verde, optamos por ter mais estabilidade, maior carga de antioxidantes”, justifica.

“Teremos um terroir serrano diferente de 2024. E com certeza, pela qualidade da fruta e todo cuidado do processo de extração, entraremos nos melhores concursos internacionais do mundo e vamos trazer medalha para Gramado”, ressalta.  

Processo premiado

Todo o processo, de colheita e triagem das azeitonas é feito de forma artesanal e conta com padrões de tratamento e seleção dos frutos que garantem uma qualidade ímpar reconhecida em níveis nacional e internacional. Não a toa, o Olivas já recebeu inúmeros prêmios pelo mundo com o líquido produzido – foi selecionado pelo Flos Olei (Itália-Milão), principal catálogo, como um dos 500 melhores azeites do planeta, nos anos de 2022 e 2024. No ano passado ficou entre os dez melhores azeites do Brasil.

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“São 20 dias de colheita, em torno de 20 dias de decantação. Até o produto final, em média 50 dias. Quase dois meses tocando direto”, revela André.

O primeiro engarrafamento da bebida foi realizado nesta quinta-feira, dia 6. “Antes da Páscoa vamos lançar o terroir serrano já filtrado, embalado, com uma nova roupagem, onde a hortênsia será símbolo da nossa microrregião específica”, completa.

Visitantes terão oito dias para participar de evento

Neste ano, o Olivas realiza a primeira edição do Nostra Oliva – Festival de Azeite. “Vimos que seria um evento bacana, para a baixa temporada do calendário de Gramado. Esperamos que com o andar da carruagem, seja um evento tão forte como a Vindima, em Caxias do Sul”, coloca Bertolucci.

“A experiência será estar de fato dentro da colheita e participar, colher, entrar no trem, trazer a azeitona até o lagar, ver todo o processo de extração, envazar tua própria garrafa e degustar esse azeite não filtrado e feito todo na hora, e ainda participar de um piquenique e de uma degustação sensorial harmonizada”, explica. A oportunidade encerra com o Olivas Sunset.

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O festival ocorre nos dias 8, 9, 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de março, com vagas limitadas.

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