Dólar fica no zero a zero com recuo de Trump sobre cobrança de tarifas

O dólar manteve-se estável nesta quinta-feira (6/3). Ele fechou em leve alta de 0,02%, cotado a R$ 5,75. Na véspera, ele ficou no mesmo patamar, mas depois de registrar queda de 2,71%. Com o resultado do último pregão, a moeda americana acumula queda frente ao real de 2,69% em março e baixa de 6,84% no ano.

A Bolsa brasileira (B3), às 17 horas, operava em leve alta. O Ibovespa, o principal índice da B3, registrava elevação de 0,21%, aos 123.300 pontos. Para os técnicos, variações em torno de 0,20%, para cima ou para baixo, mostram estabilidade do indicador.

Na avaliação de analistas, ambos os resultados estão relacionados ao fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um novo recuo em relação à cobrança de tarifas sobre produtos importados do México e do Canadá.

O republicano disse, por exemplo, que México está isento de pagar sobretaxas sobre qualquer bem ou serviço cobertos pelo acordo comercial da América do Norte, conhecido como USMCA. A decisão foi tomada depois de uma conversa entre Trump e a presidente mexicana Claudia Sheinbaum.

Uma posição menos radical de Trump em relação às tarifas atenua o medo existente no mercado sobre a formação de turbulências no comércio internacional. Mesmo porque esses trancos podem resultar num aumento na inflação americana, algo que tem forte repercussão na definição do patamar dos juros nos EUA e na cotação do dólar no restante do mundo.

Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da fintech Nomad, a cotação do dólar em relação ao real está em “modo de espera”. Mas esse quadro pode mudar amanhã, com a divulgação do relatório de empregos, o “payroll”, nos Estados Unidos. Se ele mostrar uma retração da economia, isso pode indicar um novo afrouxamento da política monetária americana, com tendência de queda de juros. Caso contrário, o dólar deve subir.

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