Smed deve comprar mais de 200 aparelhos de ar-condicionado para escolas de São Leopoldo

O calor intenso tem gerado desconforto a quem vive no Rio Grande do Sul – que deve ser a região brasileira com temperatura mais acima da média histórica nos primeiros dias de março. Por mobilização do Sindicato dos Professores Estaduais (CPERS) iniciada antes mesmo da volta às aulas, equipes diretivas têm questionado a manutenção e a compra de aparelhos de ar-condicionado para amenizar os impactos das altas temperaturas durante as aulas.

Equipe da Smed vai até as escolas para ouvir sobre as necessidades; no caso da Emef Otíia Rieth (foto), situação foi apontada em visita referente a reformas

Em muitos casos, o calor vai além de atrapalhar o foco nas aulas, impactando também a saúde de estudantes e professores das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs).

Climatização

Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) está desenvolvendo um levantamento para analisar a demanda por climatização nas escolas de São Leopoldo. Segundo a pasta, todas as 50 escolas pertencentes à rede municipal de ensino possuem ar-condicionado, embora algumas não tenham o aparelho em todas as salas e espaços e outras não possuem a subestação necessária para suportar os aparelhos ligados. O titular da Educação, Jefferson Falcão, afirma que “um levantamento preciso está sendo concluído no final desta semana, pois as escolas reabriram no dia 3 de fevereiro”.

Quanto às subestações, Falcão informa que, das sete escolas sem subestações, seis já estão no projeto da empresa que foi contratada para execução. A Smed afirma que, a partir do levantamento, realizará a compra emergencial de ares-condicionados, no entanto, avisa que não será possível entregar para todas as instituições de ensino.

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Conforme a Secretaria de Educação, estima-se que 250 aparelhos serão comprados. O secretário Jefferson Falcão afirma que o custo para a compra emergencial será em torno de R$ 1,2 milhões. “Será elaborado ainda um Registro de Preços com quantidades estimadas de aparelhos, sendo de 12.000 até 30.000 BTUs.”

Calor tem afetado a saúde dos alunos

Um exemplo dos danos causados pelo calor está na Emef Gusmão Britto, no Centro, onde, conforme um pai de aluno, os estudantes pedem constantemente o uso do banheiro para refrescar-se com água no rosto e até houve caso de desmaio. A direção afirma que, apesar dos desafios de início de gestão, tem sido bem recebida pela prefeitura. A escola optou por manter as aulas nesta semana.

Na Emef Olimpio Vianna Albrecht, do bairro Feitoria, as aulas foram suspensas até sexta-feira (7), de acordo com o aviso nas redes sociais.

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Na Emef Emílio Meyer, há um comunicado nas redes sociais informando que, até esta sexta-feira, os recreios podem ocorrer nas salas de aula e os alunos devem levar consigo garrafa de água gelada. Segundo a nota, caso as famílias optem por manter os filhos em casa, não haverá prejuízos.

Recomendações para aliviar os impactos do calor durante as aulas

A prefeitura de São Leopoldo recomenda que, na ausência de aparelhos de ar-condicionado, as instituições de ensino optem por outras medidas que possam aliviar os impactos do calor. Entre elas:

  • Incentivar os estudantes ao consumo de muita água fresca;
  • Orientar o uso de roupas leves e de cores claras;
  • Utilização de espaços que possuam climatização (biblioteca, laboratório);
  • Atividades ao ar livre em espaços cobertos e áreas verdes da escola;
  • Possibilidade de reorganização do horário de entrada e saída nas escolas de turno integral;
  • Flexibilização do calendário escolar, suspendendo a aula e enviando ao pedagógico outra data para compensação e garantia dos dias letivos.
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