Caixa Seguridade cai após protocolar oferta de ações; analistas têm visão cautelosa

A Caixa Seguridade (CXSE3) anunciou, no domingo (9), o pedido de registro para uma oferta pública secundária de 82,5 milhões de ações ordinárias, que são de titularidade da Caixa Econômica Federal. Com base no preço de fechamento de R$ 15,99 na última sexta-feira (7), a companhia espera arrecadar cerca de R$ 1,319 bilhão.

A oferta será coordenada por uma equipe formada por Itaú BBA, Caixa Econômica Federal, BTG Pactual, Bank of America e UBS, com a operação também contemplando esforços para a venda das ações no mercado internacional.

Como reação à oferta de ações, às 15h23 (horário de Brasília) os ativos CXSE3 caíam 3,31%, a R$ 15,46, nesta segunda-feira (10).

Essa distribuição secundária não afetará a participação dos acionistas atuais da Caixa Seguridade, uma vez que não ocorrerá diluição. A medida foi esperada pelo mercado, uma vez que a empresa já havia emitido alertas sobre o assunto anteriormente.

Segundo analistas do Goldman Sachs, a oferta é vista como uma maneira de aumentar a liquidez das ações da empresa, o que deverá elevar o volume médio diário de negociações, atualmente em torno de US$ 11 milhões.

O banco diz que o volume de transações ainda é inferior à mediana de outros grupos financeiros da América Latina, que é de US$ 42 milhões. A oferta deve também ampliar a flotação livre das ações da empresa de 17,25% para 20%, atingindo o requisito mínimo do Novo Mercado da B3.

Os analistas mantêm uma recomendação neutra para os papéis da companhia, destacando a possibilidade de maior penetração de produtos no portfólio da Caixa Econômica Federal, mas também alertando para riscos associados ao financiamento hipotecário.

Por sua vez, os analistas da XP Investimentos apontam que a oferta secundária já era aguardada e que o montante a ser levantado pela controladora, Caixa Econômica Federal, é compatível com as exigências do Novo Mercado.

A Caixa Seguridade, diz a corretora, precisa atingir o limite mínimo de 20% de free float das ações, ou seja, uma porção dos papéis da empresa que está disponível para negociação no mercado, excluindo ações de controladores e grandes investidores o que será alcançado com essa operação.

A XP reforça que a medida não altera a visão da casa sobre a empresa e não resultará em diluição para os acionistas atuais. Além disso, eles observam que a oferta representará cerca de 2,8% do valor de mercado da companhia, o que equivale a aproximadamente R$ 1,32 bilhão.

Apesar das projeções mistas, ambos os analistas concordam que a operação tem como objetivo melhorar a negociação das ações e aumentar a participação no mercado, atendendo às exigências regulatórias.

No entanto, os analistas do Goldman Sachs dizem que, embora as perspectivas de crescimento possam ser atraentes, os riscos ligados à influência governamental e às condições de financiamento hipotecário precisam ser observados de perto.

A recomendação para os papéis da Caixa Seguridade segue em avaliação neutra, com um preço-alvo de R$ 15 para os próximos 12 meses.

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